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sexta-feira, 22 novembro, 2024

CPTM completa 30 anos

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Companhia comemora aniversário e se prepara para os próximos desafios

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) completou 30 anos no dia 28 de maio de 2022, sábado. De 1992 para cá muita coisa mudou. Foram muitos desafios superados e muitos que ainda estão por vir, mas o protagonismo do passageiro e seu conforto e segurança continuam sendo a prioridade da companhia.

A CPTM teve sua criação autorizada pela Lei nº 7.861, segundo a qual a nova companhia deveria assumir os sistemas de trens da Região Metropolitana de São Paulo em substituição às Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Superintendência de Trens Urbanos de São Paulo (STU/SP) e Ferrovia Paulista S/A (Fepasa), de forma a assegurar a continuidade e melhoria dos serviços.

Naquela época, eram seis linhas, de A a F – o que só mudou em 2008, quando as linhas ganham números e nomes de pedras preciosas. Todas com suas peculiaridades – e seus problemas. Passageiros pulando nas vias, viagens com portas abertas e composições completamente depredadas eram comuns. Eram transportados diariamente 894 mil pessoas.

Colocar ordem na casa, unificar a operação e levar a CPTM a um novo patamar de qualidade se tornou a missão de uma empresa jovem, mas com muita história. A companhia passou a operar efetivamente as atuais Linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira em abril de 1994. Os intervalos nos horários de pico, em algumas linhas, eram de até 20 minutos. A frota herdada se encontrava deteriorada, o que levou à implantação do Primeiro Programa de Modernização de Composições, envolvendo mais de 500 carros. Em 1996, chegou a vez das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.

A partir daí, a CPTM ganhou asas. Modernização da frota, das vias, inaugurações de novas estações e readequação e reforma das já existentes, e até de uma nova linha: a 13-Jade, em 2018. E junto com novas estações e tecnologias, chegou a inovação, como o Centro de Controle Operacional (CCO), inaugurado em 2006 na Estação Brás, um dos mais modernos do mundo e dando acesso à movimentação de todos os trens da companhia em tempo real.

A CPTM cresceu em tamanho e em número de passageiros. Antes da pandemia, cerca de 3 milhões de passageiros circulavam pelas sete linhas e 94 estações — em janeiro de 2022 as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda foram repassadas à iniciativa privada.

Enquanto o tamanho e o número de passageiros cresceram, o tempo de viagem diminuiu. Na Linha 12-Safira, houve em 2020 uma redução de 10 minutos no percurso entre Brás e Calmon Viana — de 63 para 53 — por conta de novas sinalizações e obras no trecho. A redução de quase 20% no tempo de viagem na Linha pode diminuir ainda porque outras obras, como nas proximidades das estações São Miguel Paulista e Calmon Viana podem possibilitar que os trens circulem com mais velocidade e sem abrir mão da segurança.

Já em 2022, a Linha 11-Coral reduziu o tempo médio de viagem em 10%, de 70 para 63 minutos na viagem de ponta a ponta. Isso se tornou possível graças a melhorias promovidas pela área de operação e manutenção da companhia nas estratégias operacionais.

“A CPTM nasceu de um sonho de oferecer transporte público sobre trilhos na Região Metropolitana de São Paulo com qualidade, sempre atenta ao fato de que é preciso atenção, manutenção e investimento constante. A companhia é formada por pessoas que amam o que fazem. A ferrovia é uma paixão, e por isso dedicamos a nossa vida a isso”, afirma Pedro Moro, presidente da CPTM.

E a CPTM sabe que não pode parar. As obras de expansão da Linha 9-Esmeralda — que permanecem sob responsabilidade da companhia mesmo após a concessão para a Via Mobilidade, continuam. Em 2021 duas novas estações foram inauguradas — Bruno Covas-Mendes-Vila Natal e João Dias (a primeira a ser construída pela iniciativa privada). Até o final deste ano, será inaugurada a Estação Varginha, e toda a estrutura para

Atualmente, quatro estações na Linha 10-Turquesa estão em obras para garantir a total acessibilidade — Capuava, Prefeito Saladino, Utinga e São Caetano. A Estação Rio Grande da Serra será reconstruída — e o projeto será doado pela operadora ferroviária de transporte de cargas MRS. Na Linha 11-Coral, a Estação Braz Cubas vai finalmente ganhar sanitários e a partir daí, todas as estações da companhia terão banheiros abertos ao público. Além disso, a Estação Mogi das Cruzes será reformada e seu projeto será replicado nas estações Estudantes e Jundiapeba.

Na Linha 12-Safira, a Estação Eng. Manoel Feio está em obras de acessibilidade, e até o final do ano sairão os projetos de reforma das estações Itaquaquecetuba e Aracaré. Na Linha 13-Jade, o crescimento deve acontecer nas duas pontas: a linha deve chegar até a Barra Funda, na região central da capital paulista, ao bairro de Bonsucesso, em Guarulhos.

Investimentos em sistemas que irão diminuir o intervalo médio entre os trens, novas subestações de energia para alimentar os trens, maior segurança para os passageiros por meio de mais agentes de segurança e policiais militares nas estações, além de uma central de monitoramento que funciona 24 horas por dia, são algumas das ações que mostram que a CPTM não para e está sempre atenta ao que precisa ser feito para quem é mais importante: o passageiro.

“Estamos prontos para os próximos 30, 60, 90 anos. O trabalho nunca vai parar, assim como a nossa dedicação”, finaliza o presidente da CPTM.

Algumas curiosidades sobre a CPTM:
• Somando todas as estações, há 154 escadas rolantes, 74 elevadores e 481 bloqueios;
• A companhia conta com 10 mil câmeras de monitoramento, somando trens e estações;
• A Estação mais movimentada é o Brás, que atende as Linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira e a menos movimentada é Botujuru, na Linha 7-Rubi;
• A CPTM começa a funcionar todos os dias às 4 horas. Seis estações conectam os passageiros com o metrô: Palmeiras-Barra Funda (Linha 3-Vermelha), Luz (Linhas 1-Azul e 4-Amarela), Tamanduateí (Linha 2-Verde); Brás, Tatuapé e Corinthians-Itaquera (Linha 3-Vermelha). Além disso, a Estação Água Branca, na Linha 7-Rubi, irá se integrar com a futura Linha 6-Laranja de metrô.
• As linhas 7-Rubi e 10-Turquesa são as mais antigas da companhia, visto que fazem parte do trajeto da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. As estações mais antigas são de 1867: Luz, Brás, Água Branca, Francisco Morato, Jundiaí, Perus, Rio Grande da Serra e Santo André;
• Mas é impossível falar das Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa sem falar de um dos mais ambiciosos e vitoriosos projetos da CPTM: o Serviço 710, que em maio completou um ano de existência. Os trens que atendem as linhas passaram a fazer viagens ininterruptas entre Jundiaí e Rio Grande da Serra, atendendo demandas antigas da população e beneficiando quem vive e trabalha no ABC Paulista e região norte da Região Metropolitana de São Paulo.
• A CPTM detém o maior contrato de exploração de mídia exterior já realizado no país. A companhia assinou contrato de concessão para o direito de exploração dos espaços publicitários em trens e estações com a Eletromidia. O valor global da concessão é de R$ 405 milhões em 10 anos. A iniciativa da atual gestão tem como um dos principais objetivos aumentar a participação das receitas não tarifárias no faturamento da Companhia.
• A CPTM possui 20 bicicletários em suas estações. Eles estimulam os trabalhadores que moram relativamente perto das estações a se locomover de bicicleta, deixando o equipamento guardado em segurança até a volta para casa. O embarque de bicicletas nos trens da CPTM é permitido de segunda a sexta, das 10h às 16h e a partir das 21h, e aos sábados, domingos e feriados durante todo o dia.
• A Central de Achados e Perdidos foi criada há 22 anos, em outubro de 1999, localizada na Estação Palmeiras-Barra Funda e atende todas as linhas e estações da CPTM da rede de trens metropolitanos. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados. Atende também pelo 0800 055-0121 ou pelo e-mail passageiro@cptm.sp.gov.br;
• A CPTM trabalha para adequar suas dependências às normas vigentes de acessibilidade. Das 57 estações, 39 já possuem condições de acesso às pessoas com deficiência ou restrição de mobilidade. Algumas estações estão em obras, outras em fase de projetos, para que todas tenham itens de acessibilidade normativos.

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