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quarta-feira, 24 abril, 2024

Criptomoedas: Como garantir a segurança nesse investimento?

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Especialistas comentam sobre o assunto e dão dicas de ouro para quem pensa em investir em moedas digitais

O mercado de criptomoedas cresceu de forma surpreendente nos últimos anos, segundo dados de uma corretora de investimentos, as negociações nessas classes de ativos cresceram 455% no quarto trimestre de 2021 em comparação ao período anterior.

As criptomoedas são moedas digitais descentralizadas em uma rede de blockchain com sistemas altamente avançados de criptografia com o intuito de proteger dados, informações e transações. Porém, nos últimos tempos, muitos casos de ataques hackers no mundo cripto estão deixando investidores apreensivos e fazendo com que muitos percam todo o dinheiro investido nelas, como o que aconteceu recentemente com a Ronin Network.

A plataforma que impulsiona o jogo para celular Axie Infinity sofreu uma perda de quase R$ 3 bilhões após uma invasão em seu serviço. O problema causou prejuízo para inúmeras pessoas que fazem uso da plataforma.

No jogo, os jogadores lutam contra animais de estimação em troca de criptomoedas e NFTs (tokens não-fungíveis).

Apesar de ser um mercado de grande expansão, os recentes acontecimentos acendem um alerta aos investidores sobre os perigos que moedas digitais e finanças feitas de forma descentralizada. Até que ponto o investimento pode ser algo seguro?

“É bem seguro. Quando você vai pra outras criptomoedas como a Ronin, a Wormhole, são projetos novos, nesses projetos novos eles pagam juros sobre o capital mais atrativos, e acabam se atrelando a riscos maiores, mas na maioria dos casos, é bem seguro de se investir, se atentando aos detalhes como número de clientes, tamanho da empresa e etc”, afirma Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move.

Para Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance, a moeda possui seus bônus e ônus.

”Em muitos casos, você é o seu próprio banco e está garantindo a custódia das suas moedas. Isso te traz uma liberdade, te traz um bônus, pois você não precisa pedir a aprovação de ninguém, mas tem o ônus também, que é a sua responsabilidade de guardar bem as suas criptos. Então, inato a isso que obviamente vão existir algumas umas fragilidades volta e meia, pois o mercado de cripto é criado por contratos e esses contratos são linguagens de programações que às vezes podem encontrar falhas”, afirma Nousi.

Apesar de preocupante, Nousi acredita que comparado ao tamanho do mercado de cripto, os hackers, de maneira geral, são muito pequenos.

“O maior da história que a gente teve agora da Ronin de seiscentos milhões de dólares ele é muito grande, mas quando comparado ao tamanho da indústria inteira de dois trilhões de dólares, é relativamente pequeno. Muitas vezes, nesses grandes ataques, o hacker tem muito mais incentivos a devolver o dinheiro ou algum tipo de acordo com o protocolo, porque mesmo que ele tenha feito o saque desses trezentos ou seiscentos milhões de dólares da própria ponte, ele não consegue sacar para sua conta, pois para se transformar de cripto para real ou dólares, você precisa de um intermediário e esses intermediários eles já possuem o endereço que estão com as moedas roubadas”, explica Nousi.

Já Tasso Lago afirma que mesmo com o potencial risco de perdas, os ganhos são muito maiores e, mesmo assim, ainda é recomendado investir na moeda.

“É só ver os retornos que existem em cripto quando a volatilidade alta é inerente a projetos novos de tecnologia. Ainda mais falando de internet e códigos, os códigos são hackeáveis. Então é isso que acontece com relação ao mercado e o risco está precificado como retorno. Hedge de proteção contra hacker não existe porque o protocolo inteiro é hackeado e para você se expor a protocolos novos você está sujeito ao risco. É o risco de mercado, como podemos chamar”, explica Lago.

Como se proteger?

Apesar dos riscos, existem dicas e macetes que podem colaborar para que o investidor deixe suas criptos um pouco mais seguras.

“Se estivermos falando de uma corretora centralizada como a Mercado Bitcoin, a Coinbase e assim por diante, é importante verificar se é uma com bom respaldo no mercado, boa reputação, que tenham grandes investidores por trás, esteja há bastante tempo no mercado e que tenha centenas, milhares ou milhões de clientes, isso já é um bom indicador dela ser robusta ou não.

Quando se fala de protocolos descentralizados, o investidor pode avaliar a segurança disso através das auditorias. Os protocolos de DeFi, eles contratam auditorias externas para analisar o código delas, os contratos inteligentes para tentar encontrar a vulnerabilidade e essas possíveis vulnerabilidades serem apontadas para o time de desenvolvedores para poderem resolver esses problemas. Então, você pode encontrar facilmente isso com o protocolo chamado CERTIK. Ele é um projeto que faz auditorias para seus clientes”, explica Nousi.

Quais os direitos do investidor em caso de ataque hacker?

Lago afirma que a partir do momento que o dinheiro é hackeado via Blockchain, não existe a possibilidade de estorno. Porém, segundo Nousi, a possibilidade de poder ter um retorno desse valor, acontece caso o protocolo tenha um tesouro muito grande em reserva, o que possibilitaria um possível ressarcimento aos investidores.

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