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quinta-feira, 28 março, 2024

Crianças birrentas

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Certamente você já viu criança fazendo birra. Confesso que até divertido, se a vítima da birra for outra pessoa. Acontece que estamos vendo onze crianças birrentas ocupando o STF. E colocando em risco uma série de coisas que conquistamos, inclusive uma constituição. Os tais ministros são exatamente isso: crianças birrentas. E irresponsáveis. Esqueceram de todos os princípios básicos do Direito e sequer leram a Constituição.

Ofendido com os ataques do deputado Daniel Silveira, o Alexandre de Moraes, também conhecido
como Xandão, resolveu mandar prender o deputado. Sem inquérito, sem direito à defesa. O mesmo Xandão foi o relator desse “processo”, e depois seu julgador. Numa situação assim, o mínimo que ele deveria fazer era se declarar suspeito. E antes do “julgamento”, Xandão mandou colocar tornozeleira eletrônica no deputado.

Depois da farsa do julgamento, o presidente Bolsonaro perdoou o deputado com um decreto, uma
prerrogativa somente sua. E aí a ministra Rosa Weber bancou a criança birrenta. Deu prazo para
Bolsonaro explicar os porquês do perdão. Isso porque o STF (Supremo Taliban Federal) andou
acolhendo representações, como a do pessoal de Randolfo Rodrigues, um senador que fala fina e
desperta suspeitas sobre sua conduta como homem. Nâo precisaria ter feito isso. As razões do perdão estão no próprio decreto. E do jeito que Bolsonaro anda com o pavio curto, que ninguém estranhe se ele responder: leia o decreto. Ou nem responder.

Xandão quer outras explicações. Afirmou que o deputado está inelegível. Quem ele pensa que é para falar assim? Se foi perdoado, extingue-se qualquer outra pena decorrente de sua condenação. Antes Xandão já havia extrapolado, multando o advogado do deputado por “excesso de recursos”, embora tais recursos sequer foram aceitos ou analisados. Os trocentos recursos que a turma do ex-presidiário coloca quase todo dia no STF não são excesso. Para entender: Xandão é protegido do ex-presidente Temer, que o indicou ao STF, e Temer é unha e carne com Lula. Há quem acredite até que foi Lula quem incentivou Temer a apoiar o povinho que derrubou a Dilma.

Essas birras podem terminar mal. O Clube Militar já divulgou nota, e nela afirma que o decreto de
Bolsonaro é para ser cumprido. Outros ministros militares também já se manifestaram e mandaram seus recados. E aí, quando a paciência se esgotar, poderemos assistir a cenas mais chocantes e nada birrentas. E então ouviremos as lamúrias pelo retrocesso. Será a corda arrebentada de tanto ser esticada.

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