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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Especialista dá dicas de como evitar dívidas no cartão de crédito

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Dados do Banco Central mostram que as concessões de empréstimos usando o rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas bateram recorde em 2021 — série histórica teve início em 2012.

O rotativo é uma opção dada pelos bancos e empresas de cartão de crédito para as pessoas que precisam parcelar a fatura aberta no mês. Nesses casos, o rotativo acontece quando você paga qualquer valor devido ao cartão menor que a conta total e acumula juros nas parcelas seguintes.
 

Vale lembrar que 2021 ficou marcado pela retomada dos juros altos, da inflação e do endividamento das famílias brasileiras, além do fim do Auxílio Emergencial para a maior parte da população brasileira. Isso ajuda a explicar o aumento significativo na busca do rotativo do cartão pelos usuários.

Mas afinal, como fugir dos temidos juros altos e não se enrolar com as dívidas do cartão? Nathalia Arcuri, especialista em finanças e fundadora da Me Poupe!, maior plataforma de conteúdo financeiro do mundo, ensina como.
 

CARTÃO DE CRÉDITO — DE MOCINHO A VILÃO

Quando usado de forma inteligente e com cautela, o cartão de crédito pode sim ser uma ferramenta muito útil no dia a dia. Além de te ajudar na hora das compras, você também acumula pontos, que podem ser trocados por milhas, prêmios, cashback e outros benefícios oferecidos pelas operadoras. O problema é quando você o transforma no seu maior vilão, seja pelo descontrole na hora de comprar ou pela dificuldade na hora de pagar.
 

“A dívida do cartão de crédito é uma das piores, uma vez que os juros cobrados são altíssimos. Quando você tem sua vida financeira bem planejada, já definiu suas metas e sabe como controlar os gastos, o endividamento fica bem longe. Mas isso não quer dizer que você não possa mais ter cartão de crédito, porque, sabendo usar, ele pode ser um grande aliado para o seu enriquecimento, afinal, é impossível não gastar dinheiro: no mínimo, você tem que comprar comida, certo? Além disso, você acumular pontos e troca por vantagens e pode economizar naquela próxima viagem ou receber em cashback para gastar em sua próxima compra. A palavra de ordem aqui é disciplina!”, afirma Arcuri.
 

Pagar o mínimo do cartão de crédito: será que vale a pena?

Alguns cartões de crédito oferecem a opção de parcelamento de fatura, o que significa que a fatura não será totalmente quitada, ou seja, o que você não pagou nesse mês vem no próximo, com juros, e mais os gastos do próximo mês.
 

“O pagamento mínimo nunca é recomendado, uma vez que os juros se acumulam com as demais parcelas do próximo mês, mas é uma opção se você, no vencimento da fatura, não tem o valor total para quitar a fatura. Então vamos a um exemplo prático! A média de juros — ao mês — do rotativo do cartão de crédito é de 11,32% Agora, digamos que você receba R$ 3.000,00 por mês e a fatura atual do seu cartão de crédito seja de R$ 2.500,00. Mas além disso, você também precisa pagar aluguel, contas de consumo e outros gastos. Se você optar por pagar o mínimo, neste caso, vai ser de 15%. Então, você pagou R$ 375,00. É importante entender o que você consegue pagar e que cabe no seu orçamento, sem prejudicar os demais gastos fixos. Não pagar nada nunca é será uma opção, ok? Tenha sempre em mente que você só pode gastar aquilo que tem para pagar depois”, ressalta ela.
 

Parcelar a fatura: fazer ou não fazer? Eis a questão!

Se enrolou com as compras, a fatura veio altíssima e você não tem uma fonte extra de dinheiro para garantir o pagamento? Então, parcelar a fatura pode ser uma opção (em último caso! – o ideal é se planejar pra não precisar fazer isso) a ser considerada. Até porque, quando você escolhe fazer isso, já tem em mente o quanto vai ter que pagar até quitar a dívida.
 

“Vamos usar a média de 7,2% ao mês e o mesmo valor da fatura para simplificar: R$ 2.500. Suponhamos que você tenha parcelado a fatura em 12 vezes, totalizando R$ 318,12 para pagar mensalmente durante um ano. No fim, serão R$ 1.317,44 de juros — ou seja, quase 53% do valor original da sua fatura. Recapitulando: o parcelamento pode ser uma alternativa para quem já está enrolado nos juros rotativos, pois pode pagar o mínimo e depois escolher parcelar. Como os juros são menores e o valor é fixado assim que você faz o parcelamento, essa opção pode ser uma saída melhor, mas vale ressaltar que essa não é a melhor opção, ok? Tanto o pagamento mínimo quanto o parcelamento da fatura implicam em juros que prejudicam ainda mais o valor final da dívida. O ideal é gastar apenas aquilo que está dentro do seu orçamento e que você pode arcar ao final do mês e evitar perder dinheiro pagando juros e multas”, finaliza a especialista.

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