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sexta-feira, 19 abril, 2024

Ano começa com queda nos emplacamentos de veículos

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Para a Fenabrave, esses fatores, além das fortes chuvas e a nova variante do Covid provocaram retração nas vendas de veículos novos e diminuição na passagem de loja

De acordo com dados da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – os emplacamentos de veículos apresentaram retração em janeiro. Na comparação com dezembro/2021), a queda foi de 31,64%. Já em relação janeiro de 2021, a baixa foi de 15,79%. “O resultado é conjuntural e acontece, principalmente, em função dos baixos estoques das Concessionárias, em dezembro, da persistente falta de produtos – ainda provocada pela escassez de insumos e componentes e, também, devido à sazonalidade do período. Além desses fatores, a alta nas taxas de juros restringiu a aprovação de crédito para financiamentos e, também, tivemos queda na renda do consumidor, pelo aumento da inflação, em que pese tenhamos tido melhora dos níveis de emprego no país. Avaliando a sazonalidade, lembro que, em janeiro, a renda familiar fica mais comprometida, em função dos impostos e gastos com matrículas e materiais escolares, por exemplo, o que acaba afetando a decisão de compra do consumidor”, explica José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave.

Também as fortes chuvas, que vêm ocorrendo em várias localidades do País, assim como o aumento do contágio das pessoas, pela variante Ômicron, têm provocado queda na passagem de loja, segundo avaliação do Presidente da entidade.

Para o presidente da Fenabrave, a queda nas vendas de autos e leves pode ser explicada pelo cenário econômico e conjuntural, assim como pela continuidade da crise global de abastecimento de componentes para a regularização da produção de veículos. “Incertezas sobre a economia, as altas nas taxas de juros, com maior seletividade para a oferta de crédito afetam as condições de financiamento, e a falta de produtos, somada à piora dos índices da pandemia e às intensas chuvas, em algumas regiões, provocaram queda na passagem de loja”, analisa Andreta Jr., que afirma que a taxa de aprovação dos financiamentos gira em torno de 68% das propostas.

O segmento continua aquecido, com a programação de entrega seguindo o ritmo de produção da indústria. “Ainda existe espera por alguns modelos, mas, aos poucos, a demanda vai sendo atendida. Em dezembro de 2021, houve um grande volume de emplacamentos o que, se comparado a janeiro de 2022, resultará na retração que tivemos, de quase 29%. O resultado do primeiro mês de 2022 é o melhor, entre os meses de janeiro, desde 2014”, diz Andreta Jr.

O segmento mais afetado pela pandemia tem perspectivas de melhora neste ano. “Os emplacamentos de Ônibus registraram aquecimento nos últimos meses de 2021, em que pese a base comparativa baixa. Os programas governamentais de transporte público, como o Caminho da Escola, podem ajudar na recuperação deste segmento este ano”, diz o presidente da Fenabrave.

Após registrar seu melhor desempenho histórico, em emplacamentos, em 2021, os Implementos Rodoviários continuam com boa demanda e mantêm um cenário favorável para os próximos meses. “Assim como Caminhões, a procura continua alta e o segmento tem condições de renovar e até superar o recorde atingido no ano passado. As quedas registradas são resultado da maior entrega de produtos, em dezembro, mas podemos observar estabilidade sobre janeiro do ano passado”, avalia o presidente da Fenabrave.

O cenário de demanda segue positivo, para o segmento de duas rodas, mas, os baixos níveis de estoque nas Concessionárias e o impacto do aumento dos juros, que tem provocado maior restrição para a concessão de crédito, nos financiamentos, são desafios a serem superados. “Hoje, a aprovação de financiamento gira em torno de 37% das propostas enviadas aos bancos. As vendas estão estabilizadas em um bom nível, mas a dificuldade de crédito e da normalização da produção são questões para as quais estamos atentos”, diz Andreta Jr.

Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamento junto aos fabricantes.

Segundo Andreta Jr., existe alta demanda para estes equipamentos e as perspectivas para o agronegócio, neste ano, devem manter o segmento aquecido. “O ano de 2021 foi ótimo para a venda de Tratores e Máquinas Agrícolas. Foram mais de 58 mil unidades comercializadas e o cenário, para 2022 é, igualmente, positivo para o agrobusiness, o que deve manter a demanda alta”.

Divulgadas no início do ano, as Projeções para os Emplacamentos de Veículos Zero KM, em 2022, se mantiveram inalteradas.

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