O artigo, publicado na revista científica Nature Aging na última sexta-feira (10), constatou uma redução no número de células senescentes (responsáveis pelo envelhecimento) em camundongos depois da aplicação de uma espécie de vacina contra o envelhecimento.
As células senescentes já não possuem renovação celular, mas também não morrem, porque o organismo não vê a necessidade de se livrar delas. Podem ser encontradas em praticamente qualquer tecido humano, e são perigosas, porque acabam permitindo o surgimento de doenças e o desenvolvimento de tumores. Essas células também não podem reparar tecidos ou realizar funções necessárias.
E para se livrar delas, os pesquisadores usaram uma proteína presente no interior da célula: a glicoproteína transmembrana NMB. “Identificamos a proteína como um alvo molecular para terapia senolítica. A vacinação senolítica melhorou os fenótipos [o conjunto de características observáveis de um organismo] associados ao envelhecimento e estendeu a expectativa de vida dos camundongos”, aponta o estudo.
Na prática, a vacina incentiva o corpo a criar anticorpos que se juntam às células senescentes e podem ser eliminados pelos glóbulos brancos. No experimento com os camundongos, os pesquisadores notaram que a vacina conseguiu desacelerar o envelhecimento.