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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Noiva rejeita voto no altar e viraliza na web

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“Submissa, não”. Foi assim que a analista de Recursos Humanos Inaiã Dias, de 31 anos, reagiu a Roney Barros, de 40, durante casamento realizado em São Paulo no último dia 16. O vídeo gravado e postado por um dos irmãos da noiva, viralizou. Nele, o celebrante dita os votos para que a noiva prometa ao futuro marido: cuidar, respeitar e ser submissa.

A noiva começa a responder segundo o proposto, mas logo se corrigiu ao se dar conta da palavra: “Ser submis…não”, soltou, rindo e recebendo aplausos dos convidados. “Acho a palavra submissa muito forte e foi um choque ouvir. Nunca tinha visto isso em um casamento”, contou.

“Esses votos não deveriam mais existir. Eu nem sabia que ele ia falar essa frase. Estamos no século 21, temos direitos iguais. Eu trabalho assim como meu marido. Ninguém manda em ninguém, tem que existir respeito”.

Vinda de uma família festeira, decidiu fazer uma celebração grande, para 250 convidados, em um buffet na Zona Sul de São Paulo, com fotógrafos, equipe de filmagem e vestido branco com véu. Ela só não estava preparada para o que escutaria ao fazer seus votos.

de formação católica, ela sempre desejou casar na igreja, mas por conta da pandemia e para evitar mais deslocamentos, resolveu fazer a celebração e a festa no mesmo lugar.

Como não conseguiu um padre que realizasse a cerimônia no buffet, aceitou a indicação de uma amiga, que indicou um celebrante ligado a uma igreja evangélica. “Ele é muito alegre, muito brincalhão. Desde o início, ele foi engraçado, o tempo todo brincando. Então já estava um clima leve, acho que por isso também acabei me soltando um pouco mais porque sou extremamente espontânea. Acabou bombando e eu nem imaginava.”

O marido, o analista de TI Roney, não esperava tamanha repercussão do vídeo. Assim que o conteúdo foi postado no Instagram, ela passou a receber comentários, de pecadora a heroína, e a ganhar seguidores.

Novos votos

O trecho do vídeo que “não foi ao ar” revela que o celebrante voltou a falar sobre o que o termo significaria, na concepção dele. Inaiã acabou fazendo o voto conforme proposto.

“No início da cerimônia, ele havia explicado que ser submissa perante a Deus era estar na mesma missão. No contexto da explicação do celebrante, eu disse sim, mas, se você olhar no dicionário mesmo, submissão [para mim], não. Não concordo muito, mas, como não é a religião que frequento e não é um assunto que conheço, nem posso debater.”

Apesar da reação, a analista de RH evita se definir como feminista. “Não gosto de colocar rótulos. Gosto de respeitar, de me colocar no lugar do outro e de ter empatia. Sou extremamente independente, uma mulher guerreira, que trabalha e segue sua vida sem rótulos”, disse. (Fonte: UOL)

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