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quinta-feira, 18 abril, 2024

Lições para nunca serem esquecidas

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Na segunda-feira, o Facebook, o Instagram e o WhatsApp – todos do mesmo dono – ficaram fora do ar, inoperantes, por quase sete horas em todo o mundo. Não se sabe a causa, mas foi uma falha inadmissível nesse grupo biliardário de empresas.

Nesse tempo – as quase sete horas – muitas empresas perderam negócios; muitos anúncios deixara de ser veiculados (nada é de graça nessas plataformas), e isso jamais será reposto; muita gente deixou de fazer seus negócios por falta de mensagens, embora outro tanto talvez tenha ficado aliviado por não receber as indesejáveis mensagens de telemarketing.

Há de se entender que muitas empresas gastaram dinheiro para publicar suas páginas bem elaboradas, e de repente perceberam que esse dinheiro foi jogado fora. Muitas empresas planejaram sua mídia em redes sociais, e nesse hiato de quase sete horas viram tudo se perder.

Há algum tempo essas redes sociais eram atrativas e funcionavam. Mas o crescimento e sua popularização levaram-nas a outro patamar. Hoje se sabe que o Facebook, por exemplo, escolhe quem vai censurar, quem vai receber seu post e principalmente que sua política é nociva e tóxica. Dir-se-ia que está como um caminhão numa pirambeira, sem freios e sem motorista.

Essa pane mundial da segunda-feira se estende aos celulares. Não que eles tenham saído do ar. E quem já não viu alguém desesperado por perder o celular, ou ter seu aparelho danificado? E de repente ficou sem os telefones de amigos, sem as fotos e sem os lembretes?

A grosso modo, confiar seus dados, seus lembretes, suas fotos num celular é esquecer da pane das redes sociais. É como construir uma casa num terreno dos outros. Ou, na melhor das hipóteses, num terreno alugado.

Pessoas mais velhas usam celular, mas têm uma espécie de backup – a velha agenda telefônica de papel. Nunca entram em desespero – suas fotos estão impressas e guardadas, ora em álbuns ora numa caixa velha de sapato. Não confiam na tal nuvem inventada pela internet. Sabem que tudo o que se passa é visto pelos donos das redes sociais, e, em alguns casos, até por serviços de inteligência de alguns países.

Hora de repensar. Vale a pena tanto investimento em algo inapalpável? Certamente não. E não que as redes sociais não tragam resultados. Mas é preciso pensar que elas também falham, com exceção ao velho Orkut, que nunca deixou seus usuários na mão.

Vale ainda o velho ditado: Quem tem três, tem dois; quem tem dois, tem um. E quem tem um não tem é nada. Outra exceção: esse ditado não se aplica aos homens e mulheres namoradeiros. O ditado deles é outro: Quem tem um, tem só um; quem não tem nada, tem todas. Ou todos.

A doce vingança pelo perrengue das quase sete horas da pane de segunda-feira é saber que o chefão do Facebook despencou na lista dos mais ricos do mundo, e que o prejuízo do Facebook (sem contar Instagram e WhatsApp) foi de seis ou sete bilhões de dólares. E o dólar vale mais do que cinco reais.

ANSELMO BROMBAL

Jornalista

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