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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Black Friday e Natal serão de preços altos e pouca variedade

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Duas datas esperadas pelo consumidor mas que este ano pedem atenção, segundo especialistas: Black Friday, dia 26 de novembro, e Natal. A falta de matérias-primas e componentes reduziram a produção na indústria brasileira, o que pode gerar preços mais altos e pouca variedade.

O problema é mais grave no setor de automóveis, mas atinge também o de eletrodomésticos e a construção civil, afirmam empresários do setor. Além de haver menor oferta de bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos, eletroportáteis e telefones, as matérias-primas e componentes usados na produção desses itens estão mais caros, com reajustes que chegam a 200%. Assim, parte disso pode ser repassado ao consumidor final.

Culpa da pandemia

Desde o ano passado, quando começou a pandemia, os componentes na indústria começaram a ficar escassos.Primeiro, as medidas de isolamento para conter a covid-19 reduziram a produção de matérias-primas e o transporte das mercadorias. Depois, com a volta rápida das atividades em todo o mundo, os pedidos de fornecimento foram retomados ao mesmo tempo por todas as empresas dos mais diferentes setores.

Ou seja, toda a cadeia que abastece a indústria teve que dar conta dos pedidos atrasados e ainda encaminhar os novos pedidos.

TV, computador e celular mais caros

O problema de produção afeta os campeões de vendas nas duas datas para o comércio, como geladeiras, TVs e celulares.

Para o presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Jorge Nascimento, disse que os fabricantes vão conseguir atender os pedidos dos lojistas, mas o aumento de preços será inevitável.

O aumento dos custos começa pelo frete. O transporte de um contêiner vindo da Ásia, que estava na casa de US$ 1.000 (R$ 5.524) antes da pandemia, agora oscila entre US$ 25 mil (R$ 138 mil) e US$ 30 mil (R$ 166 mil). O papelão e o aço também subiram. Estão 25% e 190% mais caros, respectivamente, do que antes da pandemia.

De acordo com dados da consultoria GfK, os reajustes já ocorrem em diversos segmentos do setor, considerando os 12 meses encerrados em setembro, como: Laptops (+40%); TVs (+30%); Smartphones (+30%) e Geladeiras (+13%).

Estoques mais restritos

Com os gargalos na indústria, os lojistas já trabalham com cenário de estoques menores para atender a clientela nesta reta final de ano, admite o diretor de relações institucionais da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Luis Augusto Ildefonso.

Ele acredita que os lojistas buscam ter a maior diversidade de produtos para cada linha de modelos, com diferentes opções de preços, por exemplo, para poder atender amplo perfil de consumidores. Mas para esse ano, as alternativas deverão ser mais limitadas nas vendas de Black Friday e Natal exatamente pela menor disponibilidade dos fabricantes.

“No ano passado, o lojista tinha mercadoria e bons preços, mas não tinha o cliente na loja. Hoje, é o contrário. O consumidor está presente, mas ou faltam produtos ou os produtos estão mais caros.” (Fonte: UOL)

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