Programa pode ter parcelas até 2022 caso o governo não consiga emplacar o novo Bolsa Família. Segundo jornal, estudos estão sendo realizados
Pressionado por aliados políticos, o governo federal estuda prorrogar novamente o Auxílio Emergencial. Desta vez, o benefício – que foi criado no ano passado para atender famílias carentes na pandemia – seria estendido até 2022, ao invés de acabar em outubro. As informações foram confirmadas por interlocutores do governo ao jornal Valor Econômico.
A manutenção do Auxílio, no entanto, está longe de ser o mundo ideal para o Ministério da Economia, que luta para encontrar espaços no orçamento para encaixar o Auxílio Brasil. Entretanto, pode ser a saída para evitar que milhões de dependentes do Auxílio fiquem desamparados.
O aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) só servirá para bancar o Bolsa Família turbinado nos últimos dois meses do ano. Para 2022, o governo alega que é necessário aprovar a PEC dos Precatórios para abrir espaço no orçamento. Além disso, a Economia conta com a arrecadação dos impostos sobre dividendos – previstos na reforma do Imposto de Renda.
O auxílio emergencial foi criado em 2020 em razão da pandemia de Covid-19 e atende 25 milhões de trabalhadores informais que recebem o benefício fora do programa Bolsa Família. Atualmente, os pagamentos são feitos em três valores que variam com o perfil das famílias: R$ 150, R$ 250 e R$ 375. A última parcela do benefício está prevista para ser paga em outubro quando, em tese, inicia-se o novo programa de renda mínima, o Bolsa Família turbinado, chamado Auxílio Brasil.