O economista Pedro Paulo Gonçalves Vasconcellos da Costa, de 27 anos, e a mãe dele, Eliane Gonçalves Vasconcellos da Costa, passaram dois dias com o cadáver da dubladora Christiane Louise de Paula da Silva antes de ocultarem o corpo na Zona Oeste do Rio, segundo fonte na polícia.
Christiane foi morta por volta do dia 20 de julho deste ano depois de acolher o economista no apartamento dela em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Os dois eram amigos e se conheceram há quatro anos numa clínica psiquiátrica, onde passaram por tratamento.
Nos últimos tempos, Pedro Paulo estaria passando por crises e, por isso, passou a viver com Christiane há pouco menos de um mês.
A Justiça autorizou a prisão temporária do homem e Pedro Paulo foi detido na sexta-feira (13). Na Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o crime, ele confessou a autoria do assassinato que disse ter sido cometido em legítima defesa – versão refutada no inquérito da polícia.
O cadáver da profissional de dublagem foi encontrado no dia 22 de julho, mas a perícia da Polícia Civil apontou que a morte pode ter ocorrido dois ou três dias antes. As circunstâncias do local e o estado do corpo dificultaram determinar há quanto tempo Christiane fora morta.
Mesmo assim, os investigadores também descobriram que o economista e a mãe dele passaram aos menos dois dias com o cadáver da vítima no apartamento em Ipanema.
Com o corpo ainda no imóvel, uma fonte na investigação disse que Pedro Paulo e Eliane continuaram a viver normalmente, inclusive saindo para beber pelo bairro da Zona Sul.
Para a polícia, a motivação para crime pode ter sido “patrimonial”, isto é, Pedro Paulo e mãe pretendiam se apossar dos bens de Christiane. Inclusive, os agentes encontraram na casa da mãe do economista computadores e celulares da dubladora.