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sexta-feira, 19 abril, 2024

“Um Lugar Silencioso 2” é tenso, mesmo sem o “elemento surpresa”

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Chegará no dia 15 de julho (quinta-feira) aos cinemas de todo o Brasil (depois de uma série de incontáveis adiamentos) “Um Lugar Silencioso 2”, sequência do filme de mesmo título, projeto dirigido por John Krasinski que também co-protagoniza o primeiro filme ao lado da esposa Emily Blunt e que aqui, volta somente na direção do longa. O novo filme retoma exatamente de onde parou o anterior (sim, imediatamente na sequência do clímax) e vemos a jornada da família de protagonistas buscando auxilio, refúgio e principalmente, sobreviver as criaturas alienígenas que dizimaram quase toda a humanidade e que são atraídas exclusivamente pelo som, afinal, não possuem visão. No meio desse clima tenso, obviamente, o filme tenta emular o anterior em todos os aspectos possíveis: direção, fotografia, trilha sonora (e ausência da mesma, quando pertinente), e assim por diante.

Creio que uma das grandes diferenças desse filme para o primeiro é que você realmente já sabe o que esperar dele, pois o anterior realmente surpreendeu boa parte do público que não tinha tanta expectativa com relação a produção (eu próprio me incluo nesse caso, me arrependi depois de não ter ido ao cinema) e que agora embarca novamente em aproximadamente 1 hora e 35 minutos de uma tensão absurda. Se o filme de fato não tem um roteiro extremamente inventivo (muito pelo contrário, a trama toda é “supersimples”, e se baseia toda mesmo em cima da tensão de não poder fazer barulho senão você morre) o habilidoso diretor realmente sabe tirar boas cenas de situações absolutamente corriqueiras e que agora conta com um reforço de peso para o elenco: Cilliam Murphy (de Peaky Blinders).

O ator não desempenha exatamente o mesmo papel de John Krasinski do filme anterior, mas dá mais peso para a trama junto com Emily Blunt e as crianças, principalmente Millicent Simmonds, uma atriz surda-muda, o que só dá mais veracidade para a sua atuação vivendo uma personagem com as mesmas limitações físicas dela. Personagem essa inclusive que de fato move a trama e que tem uma importância na narrativa até maior do que Murphy e Blunt. O início do filme de fato parece que demora um pouco para engrenar (talvez eu tenha ficado afoito demais, confesso), mas depois que todas as cartas estão na mesa, aí é tensão pura até o final. Final esse inclusive, bastante semelhante com o anterior (no mesmo estilo “cliffhanger”, termo inglês que é utilizado para dizer que o filme ou a série deixou um final em aberto).

Outro elemento utilizado de maneira um pouco diferente aqui é justamente o silencio, quase que predominante em sua totalidade do filme anterior e que aqui, é substituído por sussurros algumas vezes, mas na maioria do filme, o silencio em si já não se faz tão presente, inclusive na trilha sonoro, mais marcante dessa vez. No filme anterior, haviam de fato minutos de silencio absoluto que ajudaram na construção do clima e para justamente explicar o senso de ameaça que os personagens estavam envolvidos. Como aqui, todo mundo que já assistiu ao primeiro filme sabe o tamanho da ameaça letal e a importante do silencio, ele foi “deixado de lado” dessa vez.

“Um Lugar Silencioso 2” é bem filmado, bem dirigido, não surpreende tanto quanto o primeiro mas de fato é um bom filme, tem profundidade, sabe ser sensível e entretém. Fica a recomendação que assistam, inclusive, caso não tenham visto o anterior, deem uma oportunidade de conferir. Acompanhe o Novo Dia Geek com vídeos semanais toda sexta-feira às 11h nos canais oficiais do grupo Novo Dia no YouTube, Facebook e Instagram (IGTV). Bons filmes!

Felipe Gonçalves é colunista e apresentador do Novo Dia Geek

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