Não faltaram toques de arte, obras literárias e dicas culturais na edição desta semana do Odilles Entrevista que recebeu a artista plástica e escritora, Marilzes Petroni. Com 48 anos de uma trajetória que inclui mais de 40 exposições de artes visuais e 150 exposições coletivas no Brasil e no exterior, além dos registros em anuários. Marilzes também transita pela literatura
Primeira artista viva a expor no Memorial da América Latina, Marilzes é reconhecida por levar sua arte para expor em espaços de critérios rigorosos, como o Espaço dos Correios e o Museu Metropolitano de Buenos Aires. “A partir do momento que você cria sua primeira obra, se torna uma grande responsabilidade manter aquele trabalho valorizado”.
Tudo começou com a pintura em quadrinhos, por inspiração da própria mãe. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, já em contato com uma arte mais sofisticada, teve a certeza que na pintura, escultura e até na literatura estariam seus dons profissionais, apesar da formação no magistério.
Hoje, Marilzes integra a Associação Profissional de Artistas Plásticos, Marilzes e se divide entre as artes plásticas e a literatura. “Minha estreia na literatura, ou seja, minha primeira poesia eu escrevi em Jundiaí, em 1958”, recorda.
Após 50 anos de escrita, com quatro publicações e mil poesias, a escritora reuniu em uma trilogia (juventude, maturidade e plenitude) parte da sua obra.
Sobre a fonte de inspiração, a artista revela ter ido buscar no gene da vida (losângulo) até o voo do pensamento temas que ganharam formas, cores e rimas. “O que você pensa, você traz para si. Mas existe algo importante que é a sua vibração, senão sua vida vai se tornar somente um sonho. Neste sentido, foi muito importante transformar tudo isso em arte”.
Ao falar sobre sua trajetória, a artista se refere ao ano de 1989 eu fiz uma exposição em homenagem aos 100 anos da República e fui convidada para expor na Faculdade Cásper Líbero. Na ocasião, apenas um crítico de arte fez uma análise negativa, dizendo que nada daquilo fazia sentido, todas as demais críticas perderam a importância mostrando que entre tantas opiniões, somente a negativa me marcou”, relata.
