Em março deste ano, o programa “Segunda Sem Carne” da Sociedade Vegetariana Brasileira, trouxe aos colaboradores do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) uma rotina alimentar mais saudável e livre de proteína animal.
Desde sua implantação, o projeto tem apresentado ótimos resultados, tanto para a instituição, quanto para a saúde dos colaboradores. Com a troca do cardápio às segundas-feiras, o Serviço de Nutrição e Dietética (SND) já registrou uma economia mensal de 12 mil reais. Entre os colaboradores, o índice de aprovação é de 73%, incluindo elogios e sugestões.
“Com a redução dos custos conseguimos investir muito mais em nosso setor e no cardápio que oferecemos. Compramos outros itens importantes, trocamos equipamentos, melhoramos o fluxo interno e padronizamos as preparações, dessa forma conseguimos saber quanto custa cada cardápio, facilitando nossa gestão e também o trabalho dos cozinheiros”, explica Thaís Freire, supervisora do SND.
Mesmo sem carne, a equipe de nutricionistas elencou receitas deliciosas para substituir a carne. Entre os novos pratos estão lasanha de abobrinha, panqueca de espinafre, bolinho de batata com queijo e escondidinho de brócolis com requeijão e champignon. As refeições são avaliadas pelos colaboradores por meio de uma ficha on-line, onde podem elogiar ou sugerir melhorias. A ação foi idealizada em parceria com o Time de Humanização. “A equipe tem motivos para comemorar, já que a média da taxa de aprovação é de 73%. É uma mudança de hábito e sabemos que de um jeito ou de outro as pessoas acabam estranhando no início. No geral, os colaboradores ligam para elogiar, dizem que estão adorando. Neste período, percebemos uma resistência maior com as proteínas de soja e com isso fomos adequando e avaliando as opções, para agradar a todos”, conta Thaís.
Com a chegada do inverno, as refeições ganharam uma nova opção de entrada característica da época, a sopa. Feita com legumes, o alimento é queridinho entre as quase 800 pessoas que frequentam o refeitório, divididos em colaboradores internos e externos dos dois plantões e acompanhantes. “A comida tem melhorado bastante, está mais fresca, mas gostosa. Sou bem aberto a essas novas opções, pois não vejo tanta necessidade em comer carne, é algo que não faz falta para mim. Sei que é difícil para algumas pessoas, mas é importante para a saúde, é uma alimentação mais leve”, compartilha o agente administrativo, Vitor Hugo da Silva Pacheco.
Outro indicador de que o cardápio saudável tem agradado, é o relatório de resto-ingesta, relação entre o resto devolvido nas bandejas e a quantidade de comida oferecida. Os números apontam que o descarte e o desperdício dos alimentos permanecem abaixo do limite estipulado, de 6%. “Esse é um problema que não temos, felizmente. Registramos uma taxa de 3% em tudo que é servido, é um valor baixo de desperdício. Nós também pesamos o lixo para saber o que está sendo dispensado, isso nos ajuda a mensurar quantidades e fazer o controle de custo. Ficamos orgulhosos de ver que essa ação tem trazido tantos benefícios ao hospital”, celebra Thaís.