O bilionário inglês Richard Branson resolveu dar uma voltinha no espaço por conta própria. E aí teve gente indignada, dizendo que ele estava se exibindo. Outros achando que esse bilionário deveria gastar seu dinheiro resolvendo os problemas do nosso mundo. Conversa de socialismo, de gente despeitada.
Primeiro, que o dinheiro é dele, e para tê-lo não roubou. Trabalhou, aproveitou as oportunidades, não esperou ajuda emergencial de nenhum governo, nem outro em filas de bolsa família nem de cestas básicas. Segundo, que milhares de pessoas fazem um prato de comida meio diferente, tiram foto e postam em redes sociais. E então, o que é exibicionismo? Fazer uma selfie no espaço ou do arroz, feijão e batata frita? Ou fazer foto tomando vacina?
Dividir a riqueza é pregação de socialista. Não é justo que alguém que trabalhe a vida toda para juntar uma fortuna depois tenha de dividi-la com quem passou a vida vadiando. Cabe a velha máxima: socialismo é bom com o dinheiro dos outros. Não sou rico nem milionário, mas ouso defender quem chegou ao nível de riqueza como Bill Gates, Steve Jobs, Richard Branson, Jeff Bezzos, família Rockfeller etc.
O raciocínio é simples. Todo mundo nasce sem roupa, quase careca, sem dentes e sem qualquer instrução. Ou seja, todos nascem iguais. No decorrer da vida há aqueles que estudam, se esforçam, aprendem, trabalham e têm como recompensa mais dinheiro. E há aqueles que ficam esperando o dinheiro cair do céu. No caso brasileiro, auxílio isso ou aquilo, bolsa aquilo, cesta básica, campanha do agasalho, campanha de brinquedo e por aí vai.
É o tipo de gente que nada faz para melhorar a vida. Gente que acredita que os outros têm obrigação de ajudar e prover seu sustento. Gente que não gosta de trabalhar, que não se esforça para nada.
E, para finalizar, deixo avisado que seu eu puder, se um dia tiver a oportunidade de ir ao espaço, vou. Nem que seja um vôo de cinco minutos. Nem que tenha de gastar meu último dos poucos centavos. Mas vou. E vou encher as redes sociais de selfies. E já estou pensando numa frase bem ardida para ser dita enquanto eu estiver em órbita.
ANSELMO BROMBAL
Jornalista
