Apesar da declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de dispensar o uso da máscara para os já vacinados contra a covid-19, a OMS (Organização Mundial da Saúde) insiste em recomendar o uso da proteção.
Ontem (10), Bolsonaro anunciou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prepara um parecer que desobriga o uso da máscara, não apenas aos já vacinados, mas também aquela parcela da população que contraiu o vírus e se recuperou.
Sobre o anúncio do presidente, a porta-voz da OMS, Margaret Harris declarou, durante coletiva em Genebra, que não cabe à agência determinar o uso de máscara num país e reforça a importância do uso da proteção.
“Cabe a cada país tomar sua decisão, mas essa é a nossa recomendação”, disse. “Vacinas são essenciais para evitar doenças. Mas não é um tratamento e só age em caso de infecção já instalada”, esclarece Harris.
“Incentivamos a vacinação como forma de evitar a transmissão, mas o uso da máscara é fundamental para prevenir a covid-19”, diz.
Enquanto Bolsonaro se mantém firme em sua decisão, Queiroga afirmou que é preciso avançar na vacinação para que o plano seja colocado em prática, mas não descarta a preparação do parecer.
No Brasil, segundo a OMS, a pandemia da covid-19 segue na direção contrária ao resto do mundo. Em seu último boletim semanal, a agência apontou uma queda no número de novos casos de contaminação em 15% em sete dias no mundo. Enquanto o Brasil segue com alta, registrando aumento de 7% nesse mesmo período.
Dos 3 milhões de casos registrados no mundo por semana, 449 mil são provenientes do Brasil. Este volume é superior ao acumulado de todos os países europeus e apenas a Índia ainda conta com taxa mais elevada.