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sexta-feira, 19 abril, 2024

COVID-19: Juiz de Fora perde 10.769 doses devido a problema com seringas

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A Prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, afirmou que 10.769 doses de vacinas da CoronaVac foram perdidas devido à incompatibilidade da seringa fornecida pelo estado. Na quarta-feira (2/6), agentes do Governo de Minas estiveram na cidade para realizar uma supervisão. No total, com as perdas técnicas, a cidade soma 17.789 doses perdidas.

As 10.769 doses perdidas dariam para vacinar a população inteira de qualquer um dos 378 municípios mineiros com menos de 10 mil habitantes.

De acordo com a secretária de Saúde de Juiz de Fora, Ana Pimentel, as seringas não possuem as agulhas do tipo “volume morto”, que evitam acúmulo do líquido dentro das mesmas, o que proporciona a referida perda técnica.  

Desse modo, segundo a pasta, o volume aspirado de dentro dos frascos da CoronaVac não corresponde ao número de doses previsto. “Cabe pontuar que, em razão do pacto federativo em torno do qual se estabelece o Plano Nacional de Imunização, é dever dos governos estaduais o fornecimento de seringas e agulhas, enquanto aos governos municipais cabe a organização da vacinação”, declara a pasta. Em 16 de abril, o vereador Sargento Mello Casal (PTB) enviou à prefeita Margarida Salomão (PT) um pedido de informação, nº 117/2021, sobre dados das eventuais perdas técnicas. 

No primeiro momento, em 26 de abril, o Executivo respondeu que 17.789 doses de vacinas foram perdidas. Sendo assim, o vereador questionou a quantidade, pois considerou ser discrepante perder 10 mil doses. “Independente de quem é a culpa; município, estado, fabricante, empresas. A gente tem que verificar quem cometeu esse erro – verificar qual é a seringa necessária para utilizar na CoronaVac”, questiona o parlamentar que aguarda posicionamento do Estado. Após os questionamentos, por meio de nota, em 26 de maio, a prefeitura informou que “o total reportado de 17.789 vacinas equivocadamente agrega duas diferentes situações”.  

A primeira é que 10.769 vacinas deixaram de ser entregues à Prefeitura de Juiz de Fora, conforme relatado em dois ofícios dirigidos à Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora (SRS-JF). Os documentos solicitam a reposição de 10.769 doses da vacina CoronaVac, pois os frascos apresentaram em média, apenas 9 doses no ato da aspiração, e não 10. Além disso, o ofício informa ser observado um aumento significativo de queixas técnicas relacionadas à redução do volume das vacinas e, consequentemente, à redução de doses por frasco.

Por meio de nota, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora informa que “o município de Juiz de Fora já foi atendido quanto à solicitação de doses de reposição de vacinas contra a covid-19, em sua totalidade, juntamente com as doses enviadas na 18ª e 19ª remessas”. 

Já na segunda situação, a Prefeitura informa que 7.020 vacinas foram perdidas tecnicamente no processo de vacinação, equivalente a 2,87% do total de vacinas aplicadas à época.

A nota ressalta ainda que esse “índice é bastante inferior ao valor de 5% considerado como perda técnica provável pelo Ministério da Saúde”. Em contato com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o órgão informa que “adquiriu e distribuiu seringas de plástico descartáveis de 1,0mL, com agulha 25×6 e com o dispositivo de segurança que possui registro na Agência Nacional de Vigilância sanitária (ANVISA), seguindo, portanto, todas as padronizações”.

 Ainda segundo a SES-MG, “após o anúncio da Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, nesta terça-feira (1º/6), a SES-MG vem tomando várias medidas para verificação e monitoramento sobre as seringas e doses da vacina Coronavac/Butantan”. O órgão estadual também solicitou ao fabricante os laudos de liberação dos lotes das seringas enviadas ao município de Juiz de Fora. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informa ainda que no Ofício-Circular nº 18/2021/SEI/GGFIS/DIRE4/ANVISA – o qual trata das queixas técnicas sobre redução do volume na vacina CoronaVac – que todos os registros dessa natureza foram colocados em investigação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sendo assim, o órgão nacional conclui que, “não há indícios que corroborem a hipótese de que o Instituto Butantan esteja fabricando a vacina CoronaVac com volume inferior ao preconizado. Portanto, a referida hipótese foi descartada e as investigações referentes ao produto foram concluídas”.

 Nesta quarta-feira (2), a Coordenação Estadual de Imunização e a Unidade Regional de Saúde de Juiz de Fora – junto à Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora – fizeram uma supervisão na sala de vacina do município.

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