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sexta-feira, 19 abril, 2024

A volta do Fepeapá

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Nos anos 1960/70, o jornalista Sérgio Porto divertia o país inteiro com suas crônicas. Escrevia com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta. As crônicas foram depois reunidas em livros; outras atualizadas e inéditas foram acrescentadas. Os livros tiveram o título de FEPEAPÁ – Festival de Besteiras que Assola o País. Narravam os absurdos e desencontros das “otoridades” da época; chamava a revolução de 1964 de “redentora”. Incomodava, mas divertia.

Nos tempos atuais estamos vivendo novas edições do Febeapá. Mas de forma diferente. Diariamente nos deparamos com artigos escritos por economistas, professores, advogados e outros não qualificados, criticando qualquer ato do governo. Bem entendido, qualquer ato. E após as críticas, as possíveis soluções desses “iluminados”.

Tem-se a impressão que essa gente – pobres escribas – tem mais informação que qualquer ministro ou secretário. Gente que sabe de tudo. Desde Medicina – no caso o combate à Covid – até Economia. Se o ministro da Economia tornar público o que está pensando, começam as conjecturas e as críticas. Seja lá o que for, essa gente – os pobres escribas – diz que está errado, que é preciso fazer isso ou aquilo.

É fácil a qualquer pessoa munida de um mínimo de inteligência escolher em quem acreditar. Um ministro com uma carreira impecável em sua área, que tem no currículo inúmeros casos de sucesso, ou alguém metido a jornalista que vive na obscuridade, no esquecimento, no anonimato destinado aos imbecis.

Se alguém se dispuser a reunir todas essas asneiras publicadas de um tempo para cá, certamente conseguirá reviver Stanislaw Ponte Preta. É o Febeapá do século 21.

ANSELMO BROMBAL
Jornalista

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