17.5 C
Jundiaí
quinta-feira, 18 abril, 2024

Com violência exagerada, animação “Invencível” entrega um bom roteiro de super-heróis

spot_img

Foi ao ar recentemente pelo Prime Vídeo, o serviço de streaming da Amazon, o 8º e último episódio da primeira temporada de “Invencível”, série animada que adapta HQ homônima criada e escrita por Robert Kirkman, quadrinista norte-americano responsável pela criação da franquia “The Walking Dead”, também criada nas histórias em quadrinhos, publicadas pela Image Comics. Os quadrinhos de “Invencível” começaram a ser publicados em 2003 nos Estados Unidos (também pela Image Comics) e aqui, a proposta da animação (também roteirizada por Kirkman) é ser o mais fiel possível à obra original, tanto no que se diz respeito à premissa, quanto ao visual e principalmente, a violência. É uma saga bastante longeva, bem escrita, o que com certeza interessa qualquer serviço de streaming que se propõe a fazer uma adaptação da obra.

O quadrinista e roteirista Robert Kirkman, criador de The Walking Dead, Invencível e outras obras, pelo selo da Image Comics.

Na trama, o jovem Mark Grayson, filho de Omni-Man, o “Superman” desse universo, sente que precisa preencher o legado criado pelo pai e como todo adolescente, precisa dar um jeito de administrar as próprias inseguranças juntamente com a descoberta de seus poderes. Até aí, realmente parece uma história bem batida, saída dos quadrinhos, mas creio que o ponto alto de “Invencível” é realmente seu roteiro imprevisível (para quem não leu os quadrinhos, claro) e suas frequentes reviravoltas, o que sempre deixa qualquer história absolutamente mais interessante. O primeiro episódio termina de maneira fatídica e surpreendente (para não dizer chocante) e a partir daí as coisas começam a se desenrolar.

Os quadrinhos de Invencível: animação apostou em fidelidade ao visual da HQ.

A série tem um ritmo bom, principalmente por se tratar de uma animação, porém mesmo assim, faço a ressalva de que episódios de 45 e 50 minutos foram longos demais, ao menos, para mim. Creio que episódios de 30 minutos teriam caído melhor. Levando isso em consideração, outro ponto que me incomodou um pouco foi a violência exacerbada da série. Mesmo não sendo gratuita e ocorrendo em momentos e ocasiões oportunas dentro da história, não posso deixar de afirmar que se senti um certo desconforto com tamanho exagero. Fora o elenco estelar de dubladores originais (J.K. Simmons, Steven Yeun, Sandra Oh, Mark Hamill, Seth Rogen, Zazie Beetz, Dijmon Houson, Zachary Quinto, Mahershala Ali e tantos outros que eu poderia ficar aqui falando até amanhã) devo elogiar a excelente animação (tecnicamente falando) e ótimas cenas de ação, principalmente nas lutas e batalhas, que trouxeram bastante verossimilhança para a trama.

Os personagens são bastante carismáticos, a começar obviamente pelo próprio protagonista, batizado pelo adjetivo “Invencível” (que volta e meia justamente tem esse codinome questionado por aliados e vilões, rendendo algumas boas piadas) e também pelo núcleo de coadjuvantes que convivem com ele tanto na escola em que ele estuda, quanto no campo de batalha, enfrentando as ameaças que colocam a cidade em perigo. Dramas adolescentes pertinente aos relacionamentos amorosos e as mudanças da puberdade em si acrescentam camadas à alma do protagonista, fazendo com que ele se desenvolva bem enquanto personagem em suas motivações pessoais. Nada pior do que um protagonista que não sabe exatamente o que quer, mas não é o caso aqui. Seu relacionamento com a sua mãe também agrega bastante.

O carismático Invencível, super-herói que batiza a série.

A série rapidamente se tornou um sucesso estrondoso dentro do streaming da Amazon, que já confirmou através de suas redes sociais que as 2º e 3º temporadas foram confirmadas para 2022 e 2023, o que certamente deixa Robert Kirkman, que além de criador e roteirista, também é showrunner da série, com um sorriso de orelha a orelha. Indicada somente para o público adulto (eu que infelizmente adoraria assistir com a nossa Alice, que tem apenas 10 anos, mas que não poderei fazer isso) a série é recomendada principalmente para quem é fã de animações, obviamente. Mas eu próprio, que nem sou considerado um grande apreciador dessa praia ultimamente, confesso que me diverti o suficiente. Foi bastante proveitoso. Conferi a série pela indicação de amigos e não me arrependi. Se eu fosse você, tentaria dar uma chance também.

Felipe Gonçalves

Apresentador e Colunista do Novo Dia Geek

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas