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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Cidade de Serrana totalmente vacinada

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Em uma iniciativa inédita em todo o país, Serrana (SP) conclui neste domingo (11) uma vacinação em massa contra Covid-19 por meio de um estudo do Instituto Butantan.

A finalização do Projeto S, que analisa a eficácia da CoronaVac contra a transmissão do coronavírus e a queda de mortes da doença, enche de esperança os moradores para um futuro sem pandemia na cidade a 315 quilômetros da capital paulista.

No município, cerca de 28 mil dos 45,6 mil habitantes – o que não inclui crianças e mulheres grávidas, por exemplo – devem estar imunizados até o fim do dia.

“Que venham tempos melhores para todos nós. Tempo de fé, de acreditar, de sonhar, de retornar às nossas rotinas, com nossas famílias, amigos, no nosso trabalho – no meu caso, nas escolas, com toda a criançada alegrando o dia a dia”, afirma Leila Lima, de 47 anos, professora na rede municipal de Serrana.

Os postos de saúde do município aplicam neste domingo a segunda dose da CoronaVac nos voluntários restantes do grupo azul, o último dos quatro em que o projeto foi dividido para organizar a vacinação, iniciada em 17 de fevereiro em oito escolas preparadas e monitoradas para aplicar o imunizante, além de coletar e analisar os dados da pesquisa.

Antes de receber o reforço vacinal, as mulheres foram submetidas a exames de sangue, devido à possibilidade de uma eventual gestação no intervalo entre a aplicação da primeira e da segunda dose.

Após o término da vacinação, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, participa de uma cerimônia de encerramento às 18h na Fundação Cultural de Serrana. Veja, abaixo, os tópicos em destaque desta reportagem:

1. Vacinação em massa

Em torno de 30 mil pessoas foram consideradas aptas para participar do projeto, que deve atingir um total aproximado de 28 mil pessoas imunizadas ao longo de quatro fases, que dividiram a cidade em grupos.

  • Grupo verde: 6.763 voluntários (1ª dose) / 6.350 voluntários (2ª dose);
  • Grupo amarelo: 6.470 voluntários (1ª dose) / 6.045 voluntários (2ª dose);
  • Grupo cinza: 6.049 voluntários (1ª dose) / 5.575 voluntários (2ª dose);
  • Grupo azul: 8.425 voluntários (1ª dose)/ 3.985 voluntários até quinta-feira (2ª dose).

Por terem ficado de fora dos testes nas fases anteriores dos estudos sobre a vacina, somente não puderam ser imunizadas mulheres grávidas ou em amamentação, quem teve febre 72 horas antes da vacinação e pessoas com doenças graves.

Quem foi vacinado por intermédio do estudo será monitorado ao longo de um ano, em um programa de vigilância com auxílio de uma inteligência artificial criada em parceria com o WhatsApp. Resultados preliminares da pesquisa, porém, devem ser divulgados ainda em maio.

Apesar de não associarem impactos à vacinação, profissionais de saúde locais relatam ter percebido sinais de queda nas hospitalizações e na incidência de casos graves da Covid-19.

Este é um dos efeitos esperados da vacina. O Instituto Butantan, porém, diz que ainda não é possível tirar conclusões sobre o estudo, já que a resposta imunológica é esperada somente duas semanas após a aplicação da segunda dose da CoronaVac.

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