Nesta quinta-feira (8) o delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação sobre a morte de Henry, afirmou ter certeza de que o padrasto foi o autor das agressões e responsável pela morte do garoto. O padrasto de Henry e a mãe da criança, Monique Medeiros, foram presos e indiciados por homicídio duplamente qualificado.
“Não resta a menor dúvida, em relação aos elementos que nós temos, sobre a autoria do crime, dos dois”, disse o delegado. De acordo com ele, ainda está em investigação e que já há “provas muito fortes, muito convincentes, a respeito de toda essa dinâmica e da participação de cada um deles”. A mãe protegeu o assassino e sabia da violência que o filho sofria.
Troca de mensagens entre a mãe e babá
A polícia apreendeu os celulares e encontrou conversas entre a mãe de Henry e a babá – que aconteceu no dia 12 de fevereiro, antes da morte do garoto. A babá começou a desconfiar das agressões e a troca de mensagens comprova que a mãe já sabia o que estava acontecendo e não fez nada. A babá relatou que o menino, de 4 anos, chegou a reclamar de dores em algumas partes da cabeça e que o padrasto chutava ele.
Mãe não afastou o filho do agressor
De acordo com o delegado, a mãe não só se omitiu, como também protegeu o namorado. “Ela esteve em sede policial, em depoimento, por mais de 4 horas, apresentando uma declaração mentirosa, protegendo o assassino do próprio filho. Não há a menor dúvida, que ela não só se omitiu, quando a lei exigia que ela deveria fazer [relatar o crime], como também concordou com esse resultado”.
Marcos Kac, promotor do MPRJ, afirmou que a versão da mãe sobre a morte do menino, foi descartada rapidamente na investigação. “Essa certeza veio ao longo da investigação. A gente colheu uma série de depoimentos contraditórios, que contrariavam a verdade. Evoluindo essa investigação, a gente conseguiu constatar que a hipótese de acidente era descartada”, explicou Kac.