Taylor Swift também fez história na cerimônia, ao se tornar a primeira artista mulher a vencer três vezes a categoria Álbum do Ano
A primeira estabeleceu um novo recorde no Grammy com seu 28º troféu. A estrela pop se tornou a mulher mais premiada da história da cerimônia, ocupando o lugar que antes pertencia à cantora Alison Krauss. “Estou tão honrada, tão empolgada”, afirmou Beyoncé, ao vencer a categoria R&B durante o evento. Taylor Swift também fez história na cerimônia, ao se tornar a primeira artista mulher a vencer três vezes a categoria Álbum do Ano. O troféu deste ano ao seu álbum de lockdown, Folklore, se soma a Fearless (2010) e 1989 (2016). Por fim, Megan Thee Stallion se tornou a primeira mulher a ganhar o prêmio de melhor música de rap.
A artista, que também venceu na categoria artista revelação, recebeu o prêmio por seu hit de estreia Savage (Remix), no qual Beyoncé faz uma participação especial. O 28º Grammy de Beyoncé foi concedido em homenagem a Black Parade, uma celebração do poder negro e da resiliência, que ela lançou no dia do feriado que comemora a libertação de negros escravizados em Estados americanos.
“Como artista, acredito que é meu trabalho refletir a época, e tem sido uma época muito difícil”, disse ela ao receber o prêmio. “Então, eu queria exaltar, encorajar e celebrar todas as belas rainhas e reis negros que continuam a me inspirar e inspirar o mundo”.
Com o troféu, ela igual a marca de 28 Grammy do superprodutor Quincy Jones. Apenas o maestro Sir Georg Solti tem mais, com 31. Black Parade não foi a única canção premiada a refletir o movimento Black Lives Matter: a cantora de R&B H.E.R. ganhou a música do ano por I Can’t Breathe, que cita as últimas palavras de George Floyd. O homem de 46 anos morreu sufocado enquanto era preso pela polícia em Minneapolis no ano passado. Sua morte, junto com a de Breonna Taylor, gerou uma onda global de protestos.
Ao receber o prêmio, H.E.R. disse que nunca imaginou “que meu medo e minha dor se transformassem em impacto” e que “é por isso que escrevo música”. A cantora, cujo nome verdadeiro é Gabriella Wilson, estava acompanhada por sua co-compositora Tiara Thomas, e ela se lembra de como escreveram I Can’t Breathe “via FaceTime” no ano passado. “Somos a mudança que desejamos ver e vocês sabem aquela luta que tivemos em nós no verão de 2020. Mantemos essa mesma energia”.
Outro momento de impacto sobre a questão racial foi a apresentação do rapper Lil Baby, que fez uma denúncia bastante gráfica da violência policial contra negros nos Estados Unidos. Para além dos prêmios, a cerimônia de quatro horas de duração colocou bastante destaque em música ao vivo.
“Eu sei que vocês não podem ir a shows há um bom tempo. Então essa noite nós estamos levando o show até você”, disse o apresentador Trevor Noah. O evento abriu com apresentações de Harry Styles, Billie Eilish e Haim. Styles apresentou seu single de sucesso Watermelon Sugar, ostentando plumas verde-limão e uma jaqueta de couro aberta.
Essa canção seria premiada, pouco depois na cerimônia, como melhor performance pop solo. Styles se tornou o primeiro membro do One Direction a ganhar um Grammy. “É uma loucura pensar que alguém tão talentoso e bonito é do mesmo lugar que Boris Johnson”, brincou o apresentador Trevor Noah. Billie Eilish, que dominou o Grammy de 2020, apresentou sua balada Everything I Wanted, que receberia pouco depois o prêmio mais cobiçado: gravação do ano. A maior parte da cerimônia foi realizada em uma tenda fora do Centro de Convenções de Los Angeles, com os indicados sentados em mesas distantes uma das outras I Wanted, que receberia pouco depois o prêmio mais cobiçado: gravação do ano.
A maior parte da cerimônia foi realizada em uma tenda fora do Centro de Convenções de Los Angeles, com os indicados sentados em mesas distantes uma das outras.