Medicamento para tratar lombriga e piolhos tem sido usado de forma equivocada contra o vírus
A Ivermectina, assim como a Cloroquina e Hidroxicloroquina foram adotadas, pelo Governo Federal, como tratamentos e medicamentos para prevenir o coronavírus, com drogas que supostamente seriam eficazes no “tratamento precoce da doença”, mesmo sem comprovação científica.
A discussão teve início com base em um estudo, realizado por um instituto de pesquisa australiano, que dizia que a Ivermectina seria capaz de interromper a proliferação e o crescimento dos vírus.
De acordo com os médicos, os sintoma mais comum é a intoxicação, mas há também o risco de falência do fígado e muitas vezes o único tratamento é o transplante, que se não for realizado dentro do tempo, pode ocorrer morte por falência do fígado.
Médico relata caso de jovem com hepatite medicamentosa
O médico pneumologista Frederico Fernandes, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), contou por meio de um post no Twitter, o caso de um paciente com hepatite medicamentosa, depois de ter sido internado com covid-19.
O paciente é um jovem que manifestou pessoas sintomas leves da infecção e apresentou piora no quadro de saúde após passar uma semana recebendo uma dosagem diária de 18 miligramas de ivermectina, e agora está em avaliação quanto à necessidade de um transplante de fígado.
“Muito triste ver uma pessoa jovem a ponto de precisar de transplante por usar uma medicação que não funciona em uma situação que não precisa de remédio algum”, publicou o pneumologista, no Twitter.