Segundo o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), 73% dos testes de Covid-19 realizados no município no domingo (14), resultaram como positivo para a doença
O Oeste de Santa Catarina entrou em colapso no sistema de saúde. A região sofre com a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Sistema Público de Saúde desde janeiro. Em fevereiro a situação se agravou com o aumento no número de casos de Covid-19. Segundo o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), 73% dos testes de Covid-19 realizados no município no domingo (14), resultaram como positivo para a doença.
Na segunda-feira (15), a região não contava com nenhum leito de UTI-COVID disponível. Três dos quatro hospitais tinham pacientes aguardando leitos e 54 deles foram transferidos para outras regiões do estado. Além de não haver mais vagas nas UTIs em Chapecó, a maior cidade da região, municípios no entorno como Maravilha, Xanxerê, São Miguel do Oeste encontravam-se na mesma situação.
De acordo com o último boletim do Governo de Santa Catarina divulgado na segunda (15), Chapecó tinha 18.452 casos confirmados da doença, com 159 óbitos.
Gabinete de crise – O Secretário de Estado da Saúde, André Motta, chegou em Chapecó na segunda e disse que novos leitos serão abertos até o final desta semana. “Nós estamos planejando aumentar em até 22 leitos nesse primeiro momento. Esse é o número que nós vamos perseguir. Lembrando que nós vamos conversar também com outras unidades hospitalares da região”, afirmou.
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, chega a Chapecó nesta terça-feira (16) para definir, junto ao gabinete de crise, os próximos passos para resolver a situação da saúde no Oeste do estado.
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, anunciou medidas mais restritivas para tentar frear o contágio da doença. A prefeitura determinou o fechamento de igrejas, escolas, bares e restaurantes e também proibiu a abertura de espaços de lazer, como cinemas.