Nos últimos dois anos, o Instituto de Previdência de Jundiaí tem nota A em todos os dez quesitos do Indicador de Situação Previdenciária – ISP
O advogado João Carlos Figueiredo tem motivos de sobra para comemorar a nova conquista do Instituto de Previdência de Jundiaí, o Iprejun. Em março, sua nova sede, na Cidade Administrativa, será entregue para uso. Custou menos do que foi orçada e está paga, inclusive as compras do mobiliário. Nascido em Jundiaí em julho de 1962, Figueiredo construiu uma carreira respeitada – foi diretor jurídico e de futebol do Paulista Futebol Clube, presidente do Conselho Deliberativo do Clube Jundiaiense, presidente do Iprejun pela segunda vez desde 2017 (na primeira vez ficou de 2003 a 2010), presidente da Abipem (Associação Brasileira dos Institutos Previdenciários Estaduais e Municipais desde 2018, e conselheiro do Conaprev, do Conselho Nacional de Regimes Próprios de Previdência Social e do Conselho de Gestão de Recursos de Terceiros da Ambima. É casado com Alba e tem duas filhas – Giovanna, oceanógrafa, e Marinna, psicóloga. Nesta semana, João Carlos Figueredo conversou com a Urbem Magazine.
O que é o Iprejun?
É o Instituto de Previdência de Jundiaí, que reúne os servidores concursados da Prefeitura e suas autarquias, da Câmara e das fundações, como a Fumas, a Fundação TVE, a Faculdade de Medicina de Jundiaí, a Escola Superior de Educação Física e o próprio Iprejun.
E qual o tamanho do Iprejun?
Temos 10.300 segurados, entre o pessoal da ativa, os aposentados e pensionistas. Para cuidar disso, temos 20 funcionários. O Iprejun arrecada mensalmente R$ 30 milhões, e paga benefícios que somam R$ 36 milhões. Essa defasagem deverá ser corrigida quando for feita a reforma previdenciária, provavelmente com a mudança de idade mínima para aposentadoria. Mas podemos nos orgulhar da gestão, pois o Iprejun tem em caixa R$ 2 bilhões.
Perante outras cidades, o Iprejun é bem conceituado?
O instituto foi o primeiro, em todo o Brasil, a conseguir nota A – e portanto o nível 4, que é o máximo – em todos os dez quesitos analisados pelo ISP, o Indicador da Situação Previdenciária, entre 2.180 institutos de previdência com regime próprio. Isso ocorreu há dois anos. Hoje apenas dois institutos – nós e o de Manaus – estão nesse nível. Isso atesta a seriedade com que o Iprejun é conduzido, e é praticamente um exemplo para todo o país.
Além do mais, o Iprejun é 100% transparente. Tudo o que se passa está no site, que pode ser acessado por qualquer pessoa no mundo todo. Por exemplo: se emitimos um cheque para pagamento, a informação vai para o site. As atas de reuniões de diretoria e dos conselhos Deliberativo e Fiscal estão no site, assim como as demonstrações de receita e despesa. Nada é restrito, e qualquer um pode consultar as informações.
Além da transparência e modernização, o Iprejun ainda usa papel?
Não. Não usamos papel para nada. Tudo é eletrônico, desde um pedido de aposentadoria até as assinaturas de atas. Em oito ou nove meses terminaremos de digitalizar os arquivos que ainda são de papel. O único papel que ainda usamos é quando um segurado precisa assinar algum documento de ciência. Aí não tem como. Interessante é que todos os procedimentos do Iprejun têm um manual, onde constam as atribuições, o fluxo e outras informações. Mas são manuais digitais, que também podem ser vistos por qualquer cidadão.
O Iprejun atende segurados do INSS?
Nâo. O instituto é de previdência dos servidores públicos municipais de Jundiaí. Embora às vezes sejamos confundidos. Vez ou outra aparecem e-mails de pessoas reclamando de alguns serviços do INSS – mas o assunto não é de nossa alçada.
O Iprejun está construindo sua nova sede. Como ela será?
A construção começou em outubro de 2019, e desde a terraplenagem qualquer cidadão pode acompanhar o andamento da obra – colocamos duas câmeras que enviam imagens em tempo real ao site. A sede tem 1.100 metros quadrados de construção, com recepção, salas de perícia, treinamento, reuniões, rampas de acessibilidade e estacionamentos.
Toda a energia elétrica a ser consumida na sede será gerada por placas fotovoltaicas (energia solar). O prédio tem dois pavimentos (térreo e subsolo), com ventilação e refrigeração natural. Somente na sala onde estarão os computadores centrais teremos ar condicionado. Nas demais dependências, a ventilação e refrigeração se darão devido ao projeto arquitetônico, que inclui o telhado verde. A sede nos custou R$ 5 milhões, já pagos ou sendo pagos conforme as etapas forem sido entregues pela construtora. Também todo o mobiliário está comprado, e é padrão: tanto o presidente quanto o funcionário usarão o mesmo modelo de mesa e cadeira. E tudo o que é ou foi comprado foi por concorrência pública. E vamos dar um presente à cidade – em frente a sede construiremos uma praça, que será pública.