O relatório cobra políticas de igualdade por parte dos governos
As mulheres lutam contra a desigualdade há muitos anos, em diversos setores, mas a desigualdade no mercado de trabalho piorou em 2020, após o avanço da pandemia causada pelo covid-19
Relatório feito pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) mostra que as condições de trabalho para as mulheres retrocedeu 10 anos, desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado.
Muitas mulheres foram demitidas, tiveram seus salários reduzidos ou precisaram sair do trabalho para cuidar dos filhos, que também ficaram sem aulas, devido às escolas e creches ficarem fechadas durante a pandemia. As dificuldades no mercado de trabalho já aconteciam antes de surgir o covid-19, mas agora, tem se mostrado piores.
A secretária Executiva da comissão, Alicia Bárcena, diz que “É fundamental avançar em um novo pacto fiscal que promova a igualdade de gênero e que evite o aprofundamento dos níveis de pobreza das mulheres”.
Os setores que mais sofrem impactos são os comércios e trabalhos domésticos, onde tem um número maior de mulheres. A recomendação para reverter o quadro é que os governos da América Latina adotem medidas de recuperação econômica que contemplem a questão de gênero, reduzindo a desigualdade entre homens e mulheres.