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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Aluguéis mais caros em 2021 com a alta do IGP-M

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No ano passado, com a pandemia, muitos inquilinos conseguiram descontos no preço do aluguel devido à queda na renda e desemprego.

O ano de 2021 começou com susto e necessidade de negociar o valor do aluguel para milhões de inquilinos no país. Isso porque o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como principal indicador para o reajuste fechou em 23,14% no ano passado, tendo a maior alta desde 2002. Ou seja, um contrato de aluguel no valor de R$ 2 mil com vencimento para este mês e reajuste pelo IGP-M passaria para R$ 2.462,80.

Já o IPCA, índice oficial de inflação medido pelo IBGE, ficou em 4,31% no acumulado de 12 meses até novembro. Essa diferença entre os dois ocorre porque o IGP-M, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), está sofrendo impacto da disparada do dólar e dos preços das commodities, como a soja e o minério de ferro.

Com a situação ainda incerta e a disparada do IGP-M, a recomendação neste ano é negociar o reajuste com o proprietário do imóvel. 

“O IGP-M como indicador de reajuste de aluguel não é obrigatório, mas se está no contrato, é a referência. Aconselhamos inquilinos e proprietários a buscarem um acordo que beneficie ambos os lados, alcançando o melhor equilíbrio possível na relação contratual. Cada caso é um caso. Se o aluguel foi reduzido nos últimos anos, pode ser que agora o proprietário não esteja aberto a aumentar um pouco. Depende também da necessidade que ele tem da renda”, explica Jean Carvalho, gerente de imóveis. 

O que influencia na hora das negociações

Há vários fatores que podem influenciar na decisão do proprietário de conceder um reajuste menor, como: Inquilino ser um bom pagador, ter a pretensão de ficar no imóvel por um longo tempo, cuidar do imóvel e ser um bom morador. E além disso, ficar com o imovel fechado e bolso vazio não é um bom negócio para o proprietário. 

Segundo o gerente de imóveis, quem não está disposto a negociar o novo valor do aluguel pode acabar perdendo o inquilino. Afinal, a oferta de imóveis vagos está maior do que estava no ano passado.

“A taxa de vacância é diferente em cada bairro, mas estamos sofrendo as consequências econômicas da pandemia, então o momento pede flexibilidade. O proprietário corre o risco de ficar com o imóvel vazio e custear o condomínio se houver desocupação. Então quem não pode perder um inquilino agora e ficar com o imóvel vazio por algum tempo pode conceder reajuste menor”, recomenda.

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