22.7 C
Jundiaí
quinta-feira, 25 abril, 2024

Quais os impactos que o isolamento social causou nos hábitos sexuais?

spot_img

Pesquisa feita pelo Gleeden aponta as mudanças e os desafios pelos quais casais passaram ao longo da quarentena

Qual foi o impacto do isolamento social para os casais? O que deve mudar neste ano em relação a hábitos sexuais? Para responder a essas perguntas, o Gleeden, portal de encontros extraconjugais feito por e para mulheres, realizou a pesquisa Gênero, sexualidade e saúde sexual, com auxílio do Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop). No estudo, foram analisados a evolução e o comportamento sexual dos usuários da plataforma devido à Covid e à quarentena.

Embora seja verdade que durante os meses difíceis da pandemia e do confinamento todos os hábitos, inclusive o sexual, foram afetados com o relaxamento das restrições e o retorno à normalidade, há uma melhora na atividade erótica e no desempenho, com níveis muito próximos aos observados antes da crise de saúde que afetou o mundo.

As relações sexuais aumentaram nos últimos meses, e ainda que isso afete casais confinados sob o mesmo teto (aumentando de 79% para 83% entre abril e dezembro), houve aumento significativo nas relações íntimas entre pessoas solteiras (passando de 35% a 61%) e pessoas com um parceiro, mas que não vivem sob o mesmo teto (o número foi de 42% para 77%).

Além disso, outro fator a ser levado em consideração é o teletrabalho. O home office tem ajudado a recuperar a atividade sexual mesmo durante o horário de expediente, principalmente entre os jovens com menos de 25 anos, apontou o estudo. Isso se deve à possibilidade de que as pessoas passam mais tempo em casa e, consequentemente, na companhia do parceiro.

Segundo François Kraus, do Ifop, “este ressurgimento da atividade sexual em um contexto de esgotamento psicológico generalizado também pode ser interpretado como a necessidade de preencher um vazio emocional agravado pela escassez de relações sociais. Os dados mostram que em tempos de desastre, o sexo, sozinho ou com o parceiro, pode constituir um comportamento compensatório que permite descomprimir em situações de ansiedade”.

De acordo com a pesquisa, para as pessoas em um relacionamento, o estresse geral e as condições de confinamento – como a ausência de intimidade, forte promiscuidade ou a presença constante do parceiro – também podem ter impacto negativo sobre a libido, com o índice podendo chegar a 32%.

Em termos de fragilidade conjugal para quem se relaciona, 15% dos entrevistados reconhecem que o confinamento foi uma verdadeira tortura para o casal a ponto de pensarem em romper com o parceiro. Além disso, os mais impactados pelo confinamento são os jovens (32%), muitos dos quais tiveram as primeiras experiências de vida conjugal constante e intensa.

“Num contexto de deterioração geral da moral e das interações sociais, o sexo parece antes desempenhar um papel de conforto, especialmente para os franceses, para os quais o casal continua a ser uma forma de refúgio, um aposta segura para superar a crise”, acrescenta Kraus.

Urbem
Urbemhttps://novodia.digital/urbem
A Editora Urbem faz parte do Grupo Novo Dia e edita livros de diversos assuntos e também a Urbem Magazine, uma revista periódica 100% digital.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas