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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Após 25 anos, Peama faz caminho inverso e mantém alunos em casa em tempos de pandemia

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Eleito como o principal programa de inclusão social do Estado de São Paulo, o Peama se orgulha de usar o esporte como ferramenta transformadora

Durante 25 anos, o Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama), da Prefeitura de Jundiaí, trabalhou duro para tirar as pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência, seja física, motora ou intelectual de dentro de casa.

O programa, que hoje é premiado e serve de inspiração em todo o território nacional, criou diversas alternativas para que esse público ganhasse visibilidade e fosse para rua, através das práticas esportivas.

No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, o Peama teve que fazer o caminho inverso e pedir que seus mais de 380 alunos ficassem em casa. Segundo o diretor do Departamento de Esporte Adaptado da Unidade de Gestão de Esporte e Lazer (UGEL), César Munir, foi preciso criar alternativas para manter esses alunos em atividade.

“Tivemos que adotar as ferramentas virtuais e cada professor fazendo um atendimento individual. Cada aluno possui um tipo de comprometimento diferente, por isso cada trabalho teve de ser individualizado. Fizemos análises do espaço físico que cada aluno tem à disposição em suas casas para então propor essas atividades”, explica.

Também foi preciso contar com o apoio dos familiares nesse momento, já que muitos alunos têm algum tipo de comprometimento físico e necessitam de auxílio para as práticas esportivas. Além disso, o apoio psicológico foi fundamental. Para uma grande parte, as atividades do Peama eram as únicas oportunidades de ter mais contato externo. “É uma situação muito delicada. Muitos sentem falta do Peama porque é a única atividade que fazem durante a semana”, comenta César.

O Peama conta com 16 modalidades esportivas como o tênis de campo, atletismo, futsal, natação, Escola da Bola (que alterna basquete, futebol, futsal e vôlei), ciclismo, bocha, capoeira, dança, goalbol, caratê, caminhada, corrida de rua, atividades náuticas, musculação e ginástica rítmica.

Segundo César, mesmo sem as atividades presenciais, a procura de novos alunos pelo Peama continua e os atendimentos seguem de forma virtual.

Visibilidade – Eleito como o principal programa de inclusão social do Estado de São Paulo, o Peama se orgulha de usar o esporte como ferramenta transformadora. Por meio das atividades propostas pelo programa, é possível levar mais confiança, alegria e o sentimento de ser capaz para diversas pessoas que, por causa da deficiência, se escondem em casa. “Esse pessoal tem oportunidade, mas infelizmente, muitas outras não. Muitos não saem de casa e esse cenário é muito triste”, diz César.

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