O Governo Federal virou a ‘casa da mãe Joana’, que, segundo a linguagem popular, quer dizer um lugar sem comando onde cada um faz o que quer sem se preocupar com nada. Isso porque o Presidente da República, Jair Bolsonaro, tem usado toda a estrutura do Governo para defender interesses pessoais.
No mais recente caso do descaso do presidente com a população a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu pelo menos dois relatórios para ajudar a defender o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) no “caso Queiroz”, que revelou a existência de um suposto
esquema de “rachadinhas” na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e gerou denúncia contra o político por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou a existência desses relatórios, que foram revelados pela revista Época.
Em um dos documentos, a Abin deixou claro o objetivo: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”. Advogados de Flávio queriam provar que o caso das “rachadinhas” teria sido iniciado por causa de ações ilegais da Receita Federal.
A Abin tem como diretor-geral Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, e emitiu os relatórios para ajudar os advogados a comprovarem isso, segundo a Época