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domingo, 14 abril, 2024

Há 190 anos, o homem trocava o cavalo pelo motor

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Oficialmente, foi no século 19 que os inventores trataram de construir um veículo que não precisasse das patas e da força dos cavalos

Nos dias atuais, o carro é parte das famílias. Nâo se constrói um shopping ou um supermercado sem levar em conta o espaço para estacionamento. Não se abre comércio em ruas com dificuldade de estacionamento. Além da praticidade e da facilidade, o carro se tornou também símbolo de status.

Mas foi no século 19 que o carro foi perdendo sua semelhança com as carruagens. Foi quando surgiram as primeiras carruagens sem cavalos, movidas a vapor e tão barulhentas e lentas que desanimariam qualquer um. Mas, os inventores são pessoas que pertencem a uma categoria diferente dos outros simples mortais, são persistentes a ponto de serem taxados de lunáticos, doidos e outros adjetivos menos publicáveis.

E assim, há 190 anos, a partir de 1830, foram aperfeiçoados veículos elétricos alimentados por baterias, mais rápidos e silenciosos, mas que tinham o inconveniente de não poder percorrer longas distâncias porque dependiam de carga das baterias, ineficientes na época.

Em 1860, Étienne Lenoir construiu o motor de combustão interna, ou seja, que queima combustível dentro de um cilindro, o mesmo princípio utilizado nos motores até hoje. Entre 1860 e 1870, diversas experiências isoladas em toda a Europa deram enorme contribuição para o aparecimento de algo muito semelhante ao utomóvel que conhecemos atualmente.

Dentre essas experiências destaca-se a construção de um pequeno carro movido por um motor a 4 tempos, feito por Siegfried Markus em Viena (Áustria), em 1874.

Os motores a vapor, que queimavam o combustível fora dos cilindros, abriram caminho para os motores de combustão interna, que queimavam no interior dos cilindros uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemão Conde Nikolaus Otto. Neste motor o combustível era comprimido antes de ser inflamado, o que resultava em considerável aumento de rendimento do motor. Ao surgir a gasolina como combustível, substituindo o gás, o motor passou a ter uma alimentação de carburante independente.

Foram diversas experiências bem sucedidas para o aprimoramento do automóvel,mas faltava reunir tudo isso num único veículo. Gottlieb Daimler e Carl Benz, cada um a seu modo, foram os primeiros a utilizar o novo combustível. Daimler nasceu na Alemanha em 1834, trabalhara com Otto, de quem se separou em 1872 para abrir sua própria oficina, perto de Stuttgart, onde passou a contar com a colaboração de Wilhelm Maybach, outro técnico também formado nas oficinas do Conde Otto.

Neste mesmo ano surgiu o primeiro motor Daimler-Maybach. Comparado com o motor do Conde Otto, que funcionava a 200 R.P.M. (rotações por minuto), o Daimler-Maybach era de alta velocidade e alcançava 900 R.P.M. Esse motor posteriormente foi utilizado numacarruagem em que foram retirados os varais.

Carl Benz, compatriota de Daimler e dez anos mais novo que ele, sonhava com um veículo autopropulsionado. Em 1855, criou um motor de 4 tempos e instalou na parte de trás de um triciclo. Era mais pesado e mais lento que o de Daimler, mas duas características desse veículo persistem ainda hoje: a válvula curta de haste e prato e o sistema de refrigeração a água (a água não circulava, ficava armazenada num compartimento que tinha que ser constantemente abastecido para manter se cheio e compensar as perdas por ebulição).

Benz era um homem de negócios e em 1887 começou a vender um veículo de três rodas, colocando pioneiramente à disposição da sociedade, um automóvel, veículo que iria mais tarde modificar todos os conceitos de locomoção do ser humano. Nesse tempo, Daimler inventou o motor que seria utilizado mesmo depois do inicio do século XX.

Edouard Sarazin era especialista em Patentes e ao tomar conhecimento do motor Daimler, conseguiu registrar a patente do mesmo na França, e levou ao conhecimento dos franceses Émile Levassor e René Panhard. Nas oficinas de Panhard e Levassor, o automóvel ganhou inovações que deram realmente a forma dos automóveis que hoje conhecemos. As inovações tecnológicas de Levassor & Panhard: motor montado na frente do automóvel com proteção contra lama e poeira e Substituição da transmissão por correias de embreagem e caixa de mudanças.

Estabeleceu o sistema motor dianteiro – tração nas rodas traseiras, os primeiros a conceber um automóvel como peça única e não adaptação de um triciclo ou carruagem. Utilização do radiador tubular (um conjunto de tubos com palhetas de refrigeração) na frente do automóvel. Quando Levassor morreu em 1897, o automóvel já adquiria sua própria identidade, pois os motores passaram da tradicional montagem em V, para a disposição em linha. Assim, qualquer construtor poderia aumentar a potência do motor, bastando apenas acrescentar mais cilindros ao mesmo.

O primeiro carro nasceu na Alemanha, foi aperfeiçoado na França, mas já era fabricado nos Estados Unidos. O primeiro carro americano, o Duryea, surgiu em 1893. E é nos Estados Unidos que haveria o segundo grande passo para a popularização e evolução definitiva do automóvel, graças ao pioneirismo de Henry Ford.

Henry Ford nasceu nos Estados Unidos em 1863, e desde cedo interessou-se por mecânica; em 1896 fabricou seu primeiro automóvel. Cinco anos depois bateu o recorde mundial de velocidade com seu modelo 999. Em 1903, fundou sua empresa, a Ford Motors Company, já defendendo a ideia de que produzindo grande quantidade de automóveis de baixo preço e pouco luxo, obteria maior lucro. Assim, lançou o modelo T, rústico e barato, que logo conseguiu grande número de vendas, alcançando a marca de 16 milhões de unidades nos 25 anos em que foi produzido, transformando Henry Ford no proprietário de um dos maiores impérios industriais e econômicos de sua época. O seu conceito inovador, de produção de veículos em série, logo se estendeu para outros segmentos industriais, fazendo surgir as linhas de montagem e toda uma revolução nos métodos e conceitos de fabricação da época.

Ford era uma pessoa extremamente dominadora e contraditória. Alguns exemplos: Pagava aos seus funcionários os maiores salários da época, e ao mesmo tempo lutava contra a sindicalização dos mesmos. Era pacifista, mas montou a maior fábrica de armamentos do mundo durante a Segunda Guerra Mundial.

Financiou tanto a construção de um moderno hospital, como a publicação de um jornal especializado em artigos anti-semitas. Com todas as ideias progressistas, levou sua empresa a uma grande crise financeira, pois relutava em substituir o velho modelo T já bastante ultrapassado (só em 1927, reaparelhou a fábrica e lançou o modelo A). Morreu em 1947, aos 83 anos de idade.

No Brasil

Em 1893, na cidade de São Paulo, que na época contava com 200.000 habitantes, em plena Rua Direita, o povo parou para ver, entre assustado e encantado, um carro aberto com rodas de borracha. Era um automóvel a vapor com caldeira, fornalha e chaminé, levando dois passageiros. O dono do desengonçado veículo era Henrique Santos Dumont, irmão do Pai da Aviação com umDaimler inglês (patente alemã). Também no Rio de Janeiro, em 1897 o automóvel já causava furor.

José do Patrocínio, homem das letras brasileiras, vivia a se gabar de seu maravilhoso automóvel movido a vapor passeando pelas ruas esburacadas do Rio, causando inveja no compatriota Olavo Bilac. Certa feita, José do Patrocínio resolveu ensinar o amigo a dirigir seu carro, e Olavo Bilac conseguiu arremessá-lo de encontro a uma árvore na Estrada Velha da Tijuca. José do Patrocínio ficou chateado, mas Bilac, com uma gargalhada, comemorava o fato de ter sido protagonista do primeiro acidente automobilístico no país.

Em 1900, Fernando Guerra Duval desfilava pelas ruas de Petrópolis com o primeiro carro de motor a explosão do país: um Decauville de 6 cavalos, movido a benzina. Assim nascia a história do automóvel no Brasil, com humor para variar. Mas o certo é que em São Paulo, em 1900, o então prefeito Antônio Prado instituiu leis regulamentando o uso do automóvel na cidade, já instituindo uma taxa para esse veículo, assim como era feito com os tílburis e outros meios de transportes. Henrique Santos Dumont solicitou ao prefeito isenção do pagamento da recém instituída taxa alegando o mau estado das ruas.

Houve muito bate boca entre os dois e a Prefeitura cassou a sua licença, e também a cobiçada placa P-1, que acabou parando no carro de Francisco Matarazzo. Em 1903, havia em São Paulo seis automóveis circulando pela cidade, e a prefeitura tornou obrigatória a inspeção dos veículos, para fornecer uma placa de identificação, que seria obrigatoriamente afixada na parte traseira. Em 1904, criou-se o exame para motoristas, sendo a primeira carta de habilitação em São Paulo entregue a Menotti Falchi, dono da Fábrica de Chocolates Falchi. Em 1904, São Paulo já tinha 83 veículos.

No início, os automóveis eram privilégio de uma pequena elite e causava um inconveniente que acabou gerando uma nova profissão: o “chauffer“, palavra francesa, assim como os primeiros motoristas particulares – era um emprego bem remunerado e garantia um excelente tratamento aos seus ocupantes, na maioria estrangeiros.

A primeira corrida automobilística ocorrida no Brasil foi em São Paulo no dia26 de julho de 1908, no Parque Antártica; uma multidão que pagou 2.000 réis pela oportunidade, esperava ansiosa pelo vencedor do Circuito de Itapecirica. Repórteres nacionais e estrangeiros cobriam o evento, que também era o primeiro da América do Sul. O vencedor foi o paulista Sylvio Penteado, com seu Fiat de 40 cavalos, com média de 50 quilômetros por hora, cumprindo o trajeto de 70 km em 1 hora, 30 minutos e 5 segundos. Nesse mesmo ano o conde francês Lesdain, fez a pioneira travessia Rio-São Paulo – 700 quilômetros de estradas tortuosas, que ele venceu em 33 dias num carro Brasier de 16 cavalos.

Antonio Prado Júnior no mesmo ano organizou uma caravana de “bandeirantes sobre rodas de borracha“, com destino a Santos pelo perigoso e abandonado Caminho do Mar; a aventura durou 36 horas. Em 1908 foi criado o Automóvel Clube de São Paulo, para estimular o automobilismo na cidade. Na mesma época no Rio de Janeiro foi criado o Automóvel Club do Brasil.

Começava uma história de paixão do povo brasileiro pelos automóveis. O carro para o brasileiro é muito mais que um meio de transporte, é uma parte da vida de cada um. A paixão pelos automóveis logo trouxe a vontade de se fabricar os automóveis aqui mesmo, e em 1907 uma empresa que se dedicava a fabricação e reparos em carruagens de tração animal, Luiz Grassi & Irmão, montou e colocou em funcionamento em São Paulo um Fiat. Coisas de pioneiros. Com 25 mil dólares chegou ao Brasil a Ford Motors, instalando-se primeiramente num armazém alugado na Rua Florêncio de Abreu em São Paulo, com 12 funcionários.

O primeiro projeto era a montagem do conhecido modelo T, aqui apelidado de Ford Bigode“, e já no ano seguinte eram montados os primeiros caminhões, obrigando a empresa a procurar um lugar maior; mudou-se então para a Praça da República, num local onde mais tarde funcionaria o Cine República.

Em 1922, transferiu-se para o Bom Retiro, ficando até 1953, quando instalou-se no Ipiranga. Em 1925, chegou a General Motors, instalando-se primeiramente num armazém arrendado na Avenida Presidente Wilson, no bairro do Ipiranga São Paulo. Veio com um capital social de 2 mil contos de Réis e logo de inicio tinha capacidade para montar 25 carros por dia. Com sucesso as vendas ao término desse mesmo ano, a empresa registrou 5.597 veículos vendidos, obrigando a fábrica a aumentar a produção diária para 40 veículos.

Em 1930 a G.M mudou-se para um terreno de 45 mil metros quadrados em São Caetano do Sul, onde permanece até hoje.

O então presidente Getúlio Vargas, a partir de um documento da Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis, estabeleceu que os veículos só poderiam entrar no Brasil totalmente desmontados e sem componentes que já fossem fabricados por aqui. Esse foi o primeiro impulso para a nacionalização e formação de uma indústria automobilística no Brasil. No governo de Juscelino Kubitscheck, com a promessa de realizar 50 anos em 5, delegou-se ao Almirante Lucio Martins Meira (nomeado Ministro da Viação e Obras Públicas) a missão de comandar o Grupo Executivo da Indústria Automobilística(GEIA), que estabeleceu metas e regras para a definitiva “instalação de uma indústria automobilística no Brasil. Através do GEIA eram oferecidos estímulos fiscais e cambiais às empresas interessadas, que deveriam se comprometer com a nacionalização dos veículos aqui fabricados.

Os caminhões deveriam ter 90% de seu peso total em componentes nacionais, e os automóveis 95%. Em pouco tempo estas metas foram cumpridas e até superadas. Com Collor na presidência, caíram as barreiras alfandegárias e o Brasil é literalmente tomado pelos importados, já que o ex-presidente achava os carros nacionais verdadeiras “carroças“.

Essa quebra de barreiras fez com que a indústria brasileira acordasse de um sono letárgico de anos de protecionismo, renovando suas linhas, oferecendo lançamentos quase simultâneos de seus produtos mundiais.

A evolução do automóvel

1894 – Vacheron lança o automóvel com volante
1895 – Panhard fabrica o primeiro automóvel fechado. Os irmãos André e Edouard Michelin lançam os primeiros pneus para automóveis
1898 – Daimler constrói o primeiro motor de 4 cilindros em linha
1899 – Daimler introduz a mudança de velocidade em “H” e o acelerador de pé. Renault, na França, é primeiro a utilizar o eixo de transmissão ligado ao eixo traseiro por meio de cardans. Os automóveis de Dietrich-Bolée vem com parabrisas como acessórios extras
1901 – Daimler lança na Alemanha o Mercedes
1902 – Spyker lança na Holanda um automóvel com tração nas 4 rodas e motor 6 cilindros em linha. Frederick Lanchester inventa o freio a disco
1903 – Mors apresenta um automóvel com amortecedores. Ader na França fabrica o primeiro V8
1905 – Surge nos Estados Unidos o primeiro sistema de aquecimento que funciona com o escapamento do motor
1906 – A Rolls-Royce lança o Silver Ghost. Nos Estados Unidos surgem os pára-choques
1908 – A Ford lança o modelo T. A Delco, nos Estados Unidos, fabrica a primeira bobina e o distribuidor
1912 – A Peugeot fabrica o primeiro motor com árvore de comando duplo de válvulas no cabeçote
1915 – Aparecem nos Estados Unidos os limpadores de pára-brisas
1916 – Aparecem nos Estados Unidos as luzes de freio acionadas pelo pedal
1917 – O modelo American Premier inova com um velocímetro
1921 – Surge nos Estados Unidos a mudança de luzes automática
1923 – A Dodge fabrica a primeira carroceria fechada totalmente em aço. A Fiat, na Itália, monta uma coluna de direção ajustável

Curiosidades sobre o automóvel

Em 1899, o automóvel trocou as mãos pelos pés, quando Gottlieb Daimler inventou o pedal do acelerador. Era de madeira e, como o sapato ainda não estava na moda, apareceram as expressões “senta a bota” e “pé na tábua”.
Com a velocidade governada pelo pé, os assustados cidadãos do século XIX não tardaram em descobrir uma verdade assustadora. Que o carro podia rodar tão rápido quanto o trem a vapor. E o que era pior, sem trilhos. Aí começaram as leis. Na Inglaterra, a velocidade máxima permitida era de 6 quilômetros por hora.

Não satisfeitas, as autoridades inglesas aprovaram ainda a Lei da Bandeira Vermelha, que obrigava todo motorista a mandar um ajudante sessenta pés a frente do carro, alertando os pedestres com um pano vermelho.

As marcas e fábricas mais conhecidas

Como tudo no mundo dos negócios, e o automóvel é um grande negócio, marcas, fábricas e modelos surgem de hora para outra. Algumas mantiveram sua história até os dias atuais. Outras, desapareceram com o tempo

Mercedes Benz

Resultado da fusão das empresas de Gottlieb Daimler e Carl Benz. Em 1886, Carl Benz construiu um triciclo motorizado. Sua primeira invenção de quatro rodas, o Victoria, foi construída em 1893. O primeiro carro de produção foi o 1894 Benz Velo, que participou da corrida de carros, a Paris-Rouen. Em 1895, Benz construiu o seu primeiro caminhão.

O nome Mercedes entrou na história por exigência de um representante da fábrica, Emil Jellinek. A filha de Emil, nascida em 1889, foi batizada Mercedes. Em 1893 a mulher de Emil morreu e ele se mudou para Nice, na França. Em 1897, viajou para Cannstatt, na Alemanha, para visitar a Daimler, e aí encomendou seu primeiro carro Daimler, de 6 HP com acionamento por correias com motor de dois cilindros. O carro foi entregue em outubro de 1897 com velocidade máxima de 24 km/h – muito lento para Jellinek. Com contrato com a fábrica, Jellinek tornou-se parceiro importante para a fábrica alemã.

O símbolo da Mercedes-Benz teve um início profético. Representando a triplicidade das atividades da Daimler, fabricante de motores para uso em terra, mar e ar, a estrela de três pontas foi adotada como logotipo em 1909, após a morte de Gottlieb Daimler. A forma definitiva (com o círculo e os louros) foi adotada em 1933 e desde então se mantém inalterada.

Clássico Mercedes Benz

Rolls Royce

Considerado o mais nobre dos automóveis, teve a fábrica fundada em 15 de março de 1906 por Henry Royce e Charles Stewart Rolls. Royce era engenheiro mecânico dono de uma pequena oficina na Inglaterra e de talento com motores. Rolls era um lorde britânico apaixonado por automobilismo, que já tinha uma montadora de veículos de alto padrão em Londres.

O primeiro carro da marca, o Silver Ghost, foi feito de maneira manual pelo mecânico fundador. Desde então, esse vem sendo o modo de fabricação aplicado em seus veículos. Essa característica tão única é um dos fatores que influencia o alto valor dos carros.

Há apenas um homem no mundo que pode pintar as faixas laterais dos veículos da Rolls Royce. Seu nome é Mark Court e seu currículo é impressionante. Nos últimos anos, Mark já pintou mais de 2.500 veículos. Desde que ingressou na empresa, não há um só carro na história da Rolls Royce que não tenha passado pelas mãos do pintor.

Apenas 4 anos após a inauguração da montadora, Lorde Rolls faleceu vítima de um acidente aéreo. Sua morte precoce impossibilitou que ele visse o símbolo que se tornaria marca registrada da história da Rolls Royce: a Dama Voadora, que, hoje, está presente no capô de todos os veículos. Em inglês, o símbolo é chamado de Spirit of Ecstasy e sua história teve início em 1910, quando o Lorde de Montagu encomendou um carro com a especificação de ter uma pequena estatueta na frente do veículo.

Atualmente, os carros da empresa podem ser personalizados ao gosto do cliente, o que faz com que cada veículo seja único. É possível escolher entre 44 mil opções de cores para a carroceria. Mas, caso nenhum deles agrade o comprador, os profissionais irão produzir uma nova e exclusiva cor e patenteá-la com o nome do cliente. De tal forma, alguns carros tiveram cores inspiradas em batons, sapatos e demais objetos cujo comprador queria imortalizar. Além disso, são 6 tipos de madeira para o acabamento e diversos tons para o couro do habitáculo. O couro, inclusive, pode vir de uma enorme variedade de animais,e, nenhum deles está na lista de extinção.

O processo de fabricação de um Rolls Royce leva de 8 a 12 meses. A empresa atualmente fabrica cinco modelos de veículos: Cullinan, Dawn, Ghost, Phantom e Wraith. A Rolls Royce Motor Cars está sediada em Goodwood, West Sussex, Inglaterra.

Rolls Royce, o clássico dos clássicos

Ford

Foi fundada por Henry Ford e incorporada em 16 de junho de 1903. A empresa vende carros e veículos comerciais sob a marca Ford e a maioria de seus carros de luxo sob a marca Lincoln. A Ford também possui o fabricante brasileiro de jipes e fora de estrada Troller, o fabricante de carros australiano FPV e a fabricante brasileira de caminhões Ford Caminhões.

No passado, também produziu tratores e componentes automotivos. A Ford detém participação de 2,1% na Mazda do Japão, de 8% na Aston Martin do Reino Unido e de 49% na Jiangling da China. Também tem uma série de joint-ventures, sendo uma na China (Changan Ford), Taiwan (Ford Lio Ho), Tailândia (AutoAlliance Tailândia), Turquia (Ford Otosan) e Rússia (Ford Sollers). É listada na Bolsa de Valores de Nova York e é controlado pela família Ford.

A Ford introduziu métodos para a fabricação em grande escala de carros e gestão em larga escala através de uma força de trabalho industrial que usa linhas de montagem em movimento; em 1914 esses métodos eram conhecidos em todo o mundo como fordismo. As antigas subsidiárias inglesas da Ford, a Jaguar e a Land Rover, compradas em 1989 e 2000, respectivamente, foram vendidas à Tata Motors em março de 2008. A Ford foi proprietária da montadora sueca Volvo de 1999 a 2010. Em 2011, a Ford descontinuou a marca Mercury, sob a qual tinha comercializado carros de luxo nos Estados Unidos, Canadá, México e Oriente Médio desde 1938.

A primeira companhia fundada por Henry Ford levava seu nome – Henry Ford Company, em 3 de novembro de 1901. Em 11 de Agosto do ano seguinte ela se tornou a Cadillac Motor Company, logo depois Henry Ford deixou a companhia e carregou os direitos de seu nome.

A Ford Motor Company foi fundada em 1903 com um investimento de 28 mil dólares de 12 investidores, dentre eles os irmãos John Dodge e Horace Dodge (que futuramente sairiam da Ford e fundariam a Dodge).

Em 1913 Henry Ford desenvolveu a primeira linha de montagem móvel, derrubando os preços na produção. Tão eficiente que a ideologia de produção de Ford é usada até hoje, mais de 100 anos depois. Henry Ford tinha 39 anos quando fundou a Ford Motor Company, que logo se tornou a maior e mais lucrativa companhia do mundo, além de sobreviver a grande depressão de 1929.

Em 1990 e 1994, respectivamente, a Ford comprou a Jaguar Cars e a Aston Martin, ambas inglesas, mas já vendeu algumas marcas do seu acervo, como a Aston Martin, Land Rover, Jaguar e Volvo.

While other auto makers wanted to design luxury cars Henry Ford designed a car that anyone could afford. Here he is standing by that very car. From the collections of The Henry Ford and Ford Motor Company.

Volkswagen

O Grupo Volkswagen, além da marca Volkswagen, é, também, proprietário das marcas Audi, Bentley, Bugatti, Ducati, Lamborghini, Seat, Porsche, Skoda Auto, MAN, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Scania. Em 2011, a Volkswagen comprou o segmento comercial da Porsche por 3,3 bilhões de euros, conseguindo, assim, o direito de negociar e operar a marca Porsche. É o maior fabricante de automóveis do mundo e tem a sua sede na cidade de Wolfsburg, na Saxônia.

Os primeiros Volkswagen surgiram na Alemanha na década de 1930, a pedido do governo da época, que queria um carro popular e barato – a tradução de Volkswagen é carro do povo. Seu motor foi desenhado pelo engenheiro Ferdinand Porsche. O termo Volkswagen foi criado em 1924 pelo engenheiro alemão-judeu Josef Ganz, que lutava para modernizar a indústria automobilística alemã.

Em 1933, Adolf Hitler visitou o Salão Internacional do Automóvel de Berlim e viu no Volkswagen uma forma eficiente de propaganda nazista, e passou a defender a ideia de carro do povo como se fosse sua. Josef Ganz e Edmund Rumpler foram cogitados para dirigir o projeto, mas logo foram descartados por serem judeus. O engenheiro encarregado de desenvolver o modelo foi Ferdinand Porsche, apesar de grande parte de seu desenho ter sido inspirado nos carros desenvolvidos por Hans Ledwinka para a empresa Tatra. Os primeiros modelos surgiram a partir de 1936, produzidos em Stuttgart.

Em 30 de julho de 2003, o último Volkswagen foi feito no México, totalizando 21.529.464 unidades produzidas em todo o mundo. O modelo ficou conhecido no Brasil como Fusca; em Portugal como Carocha, na Alemanha como Käfer e nos Estados Unidos e Inglaterra como Beetle.

Hoje, a Volkswagen é parte do Volkswagen AG (Volkswagen Aktiengesellschaft), que inclui as marcas:

Audi—antiga Auto Union/DKW—comprada da Daimler-Benz em 1964–1966; NSU Motorenwerke AG—comprada em 1969 pela divisão Audi. A marca não é mais usada desde 1977; SEAT—marca espanhola adquirida em 1987; Skoda—comprada em 1991; Bentley—comprada em 1998 da empresa inglesa Vickers, junto com a marca Rolls-Royce; Bugatti—adquirida em 1998; Lamborghini—adquirida em 1998 pela divisão Audi; MAN SE—Tornou-se sócia majoritária em 2008 com 55,9% das ações; Scania AG—adquirida em 2008; Italdesign Giugiaro S.p.A – adquirida em 2010 e Ducati Motor Holding—adquirida em 2012 pela divisão Audi.

Volkswagen fabricado em 1936

BMW

Estas três letras representam Bayerische Motoren Werke, ou em Inglês, Bavarian Motor Works. O “Motor” é o núcleo desta sigla e é a base; a parte fundamental em torno do qual BMW constrói cada produto. Mas nem todo mundo sabe que a BMW começou como um fabricante de motores de aeronaves.

Em outubro 1913 Karl Friedrich Rapp estabeleceu Rapp-Motorenwerke em uma antiga fábrica de bicicletas, perto de Munique, na Alemanha. Rapp era engenheiro que surgiu através do sistema Daimler e Rapp-Motorenwerke foi criada uma subsidiária da asa Flugwerk, um fabricante de aviões. Ele começou a fabricar seus próprios motores de aviões, mas eles sofreram problemas com vibrações.

Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi proibida de fabricar motores para aviões. Em 1928, surgiu o primeiro carro BMW, o Dixi 3/15. Em 1921, a empresa lançou sua primeira bicicleta motorizada que é chamada de Flink, movida por um motor de dois tempos Kurier.

Um novo modelo de carro da BMW foi lançado em 1932. Foichamado de 3 / 20PS. O motor era uma unidade de 782cc de 4 cilindros que contou com válvulas de suspensão e uma cadeia dupla de condução das árvores de cames, produzindo 20 cv a 3,500 rpm e fornecendo velocidade máxima 50 milhas por hora. Foi o primeiro modelo a ser desenvolvido inteiramente pela BMW em Munique, também conhecido como o BMW AM 4 (Ausführung Munchen 4 Gange – Munique Versão 4 velocidades). Com este carro BMW ganhou o Concours d’Elegance em Baden-Baden.

Pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, a BMW assumiu a Brandenburgische Motorenwerke em Berlim-Spandau, e fábricas em Basdorf e Zühlsdorf perto de Berlim. Dirigindo um modelo 328 com um corpo aerodinâmico feito de liga ultra-leve de alumínio e magnésio, o Barão von Fritz Huschke Kanstein venceu em 1940 a famosa corrida Mille Miglia com uma velocidade média de 103,4 milhas por hora.

O primeiro modelo de carro do pós-guerra, o V8 equipado 501 sedan de luxo produzido em 1951 foi uma escolha de produção pobre para um país que também foi devastado pela guerra. A procura foi baixa e o 501 nem sequer chegou perto de satisfazer as expectativas da BMW. Com a fábrica de Eisenach agora sob controle russo, foi também o primeiro automóvel BMW a ser construído totalmente em Munique. Os carros da série 500 podem não ter sido os produtos mais glamourosas da BMW, mas essas máquinas grandes e robustas de classe média foram o sustentáculo da divisão de carros da empresa de 1951 até 1964. Eles foram apelidados Barockengel – Barroco Angels. A partir de 1954, ele foi acompanhado pelo 502, que possui primeiro V8.

Em 1961, a BMW lançou o BMW 1500, desenvolvido por Hofmeister, Fiedler, Wolff e von Falkenhausen. Foi o primeiro BMW sedan desportivo marcando um ponto de viragem na empresa . A suspensão excelente e design marcante para a época, empregando uma cintura baixa com um compartimento rebaixado do motor e tampa traseira caracterizou a 1500. Wilhelm Hofmeister introduziu a curva para a frente, na base da coluna C: esse recurso hoje leva seu nome. Juntamente com a grelha de ar da frente, é uma das características inconfundíveis que definem BMW automóveis. A BMW (Bayerische Motoren Werke) é hoje uma das empresas mais influentes do mundo no setor automobilístico.

BMW, sempre sinônimo de força e velocidade

Ferrari

A Ferrari foi fundada por Enzo Ferrari em 1929, como Scuderia Ferrari. Enzo Ferrari nasceu em Modena em 18 de fevereiro 1898 e morreju em 14 de agosto de 1988. O primeiro automóvel chamado Ferrari foi uma 125S. Estreou com vitória no Grande Prêmio de Roma, disputado em torno das Termas de Caracalla, em 25 de maio de 1947, pilotado por Franco Cortese. Mas na verdade, a história da Ferrari começou muito antes. O gosto de Enzo Ferrari por automóveis surgiu na infância, quando já freqüentava corridas de carro, levado pelo pai.

Enzo começou a trabalhar na Alfa Romeo no início dos anos 1920. Foi mecânico, piloto de teste e de provas, e depois, diretor da equipe esportiva. Só em 1946, após o fim da Guerra, ele construiu o primeiro carro com seu nome: a Ferrari 125S. E espantou o mundo por gerar em instalações toscas, mas com uma equipe competente e entusiasmada, um motor tão poderoso como o V12 que a equipava, algo muito avançado para a época e mesmo na contemporaneidade.

Desde então, a Ferrari obteve mais de cinco mil vitórias em provas automobilísticas. Atualmente, a Ferrari participa da Fórmula 1, promove na Europa, Estados Unidos e América Latina o campeonato Ferrari Challenger, disputado por Ferraris 355. Nos Estados Unidos, participa do World Sportscar Championship,com protótipos Ferrari 333. Alguns dos automóveis Ferrari foram desenhados pelo Studio Pininfarina, um antigo parceiro e são feitos sob encomenda na fábrica de Maranello, distrito da cidade de Modena, região da Emilia Romagna. Cada um leva em média 45 dias para ficar pronto.

Lançada no começo da década de 1980, a Ferrari Testarosa ficou muito famosa depois de ser usada no seriado Miami Vice. Foi a primeira Ferrari a ter ar-condicionado e bancos de couro. Para comemorar os 40 anos da marca, a empresa decidiu construir o mais rápido carro do mundo, produzido em série para prazer da sua clientela. O símbolo da Ferrari é um cavalo negro empinado num fundo amarelo, sempre com as letras S F de Scuderia Ferrari. A marca vende em média apenas 4 mil unidades por ano.

Ferrari Testarossa, o mais desejado

Chevrolet

Louis Chevrolet, filho de um fabricante de relógios suíço, e William Durant, um dos responsáveis da General Motors, fundaram a Chevrolet Motor Car Company of Michigan no dia 8 de Novembro de 1911. Desde então, o nome Chevrolet tem sido sinónimo de qualidade conjugada com preços acessíveis. A Chevrolet passou a fazer parte do Grupo General Motors em 1918. De 1924 até finais da década de 1960, foram montados 250 mil automóveis Chevrolet, a partir de kits, na Dinamarca, Bélgica, Suécia e Suíça. Hoje em dia pode-se encontrar carros Chevrolet em mais de 70 países.

Fundada em São Paulo a 26 de janeiro de 1925, a GM do Brasil começou a operar com um capital de 275 mil dólares, integralizado pela General Motors Corporation dos Estados Unidos. De suas instalações localizadas no bairro do Ipiranga saiu, em setembro de 1925, o primeiro veículo Chevrolet montado no Brasil.

Iniciando com a montagem de 25 veículos por dia, em 1927 a filial brasileira da GM já fabricava 180 unidades diárias. Com o crescimento da produção, o estabelecimento tornou-se insuficiente, impondo a necessidade de uma nova fábrica, construída em São Caetano do Sul, com 45 mil m2 de área coberta, e inaugurada em 1930.

Chevrolet de 1934

Fiat

A Fiat é um acrônimo de Fabbrica Italiana Automobili Torino (Fábrica Italiana Automobilística de Turim em português), mas também pode significar faça-se em Latim. A empresa foi fundada por Giovanni Agnelli em 11 de julho de 1899. Após a primeira guerra mundial, a empresa começou a investir em diversas áreas, como o mercado de jato, tratores, trens e construção. Gianni Agnelli, neto de Giovanni Agnelli, chefiou a Fiat de 1966 até sua morte em janeiro de 2003, quando foi sucedido por seu irmão Umberto Agnelli. Depois da morte de Umberto, em 2004, Luca Cordero di Montezemolo foi nomeado presidente da empresa, porém o herdeiro de Agnelli, John Elkann, tornou-se vice-presidente, com 28 anos. Outros membros da família Agnelli continuam na direção.

O centro de suas atividades industriais está na Itália, porém atua através de subsidiárias em 61 países, com 1.063 unidades que empregam 223.000 pessoas, 111 mil fora da Itália.

No Brasil, a Fiat foi líder de vendas durante 13 anos, de 2003 a 2015. A empresa chegou ao país nos anos 1970, em uma estratégia de expansão comercial. O país era bem visto devido à possibilidade de expansão do mercado e facilidade para exportação para outros países.
Nos Estados Unidos, porém, a marca Fiat teve pouco sucesso devido à fragilidade dos primeiros modelos, e o acrônimo Fiat tornou-se conhecido como Fix It Again, Tony (conserte-o de novo, Tony). As marcas Ferrari, Maserati, Lancia e Alfa Romeo, todas da Fiat, têm prestígio mundial. No Brasil, a marca Fiat começou a ter prestígio em meados de 1980 com o lançamento de carros populares como o Uno.

Um dos primeiros Fiat 500 fabricado na Itália

Honda

No início do século passado, 40 anos depois do Japão se abrir à tecnologia estrangeira, Soichiro Honda, ainda menino, já gostava do cheiro de óleo diesel que impregnava o ar ao redor da fornalha das máquinas de beneficiamento de arroz. Era o seu primeiro contato com as engrenagens. Quando o primeiro Ford chegou à sua aldeia, o carro permaneceu na rua principal de Hamamatsu por pouco tempo, mas o suficiente para deixar uma pequena poça de óleo na rua de terra. Mesmo assim, Soichiro nunca se esqueceu dele.

Soichiro Honda,
fundador da
empresa

Com 8 anos, já havia construído sua primeira bicicleta – ainda rudimentar. Aos 13, já tinha saído de suas mãos uma bicicleta de primeira. Em junho de 1945, suas fábricas foram destruídas por ataques aéreos. Mas isso não o desestimulou. Após um período de meditações sobre o futuro, ele fundou a Honda Technical Research Institute, o ponto de partida para a futura produção de engenhos mecânicos.

A partir de setembro de 1948 surgia a Honda Motor Co. Ltda., e em agosto de 1949 era fabricado o primeiro protótipo de motocicleta da Honda, o modelo Dream D. de 98 cc. No mesmo ano, Takeo Fujisawa, seu inseparável companheiro, iniciavou importante papel no desenvolvimento da empresa. Ao cuidar da área comercial e financeira, liberaou o fundador para o desenvolvimento mecânico e tecnológico.

Em 1963, a Honda lançou o carro esporte S 500 e o caminhão leve T 360. Foi a entrada da companhia na fabricação de veículos de quatro rodas. A partir de 1992 começam as importações de automóveis para o Brasil, a princípio, com a comercialização do Honda Accord, e em seguida do Accord Wagon, Civic Sedan, Civic CRX, Prelude e o Civic esportivo hatchback.

De uma pequena fábrica japonesa de motores a um conglomerado global, a Honda Motor Co. tem hoje 507 empresas presentes em todo o mundo, 134 unidades de produção em 28 países e 31 unidades de pesquisas e desenvolvimento em 15 nações. Aproximadamente 178 mil colaboradores são responsáveis pela produção de motocicletas, automóveis e produtos de força. Um detalhe: Soichiro Honda sempre promoveu funcionários por mérito, independentemente do grau de instrução.

Toyota

No final do século 19, Sakichi Toyoda criou a Toyoda Automatic Loom Works Ltd. Ele era aprendiz de carpinteiro, mesmo ofício do pai, mas acreditava que precisava oferecer uma contribuição melhor para o seu país. Em 1894, após superar anos de dificuldades e contínuos aperfeiçoamentos, criou o Kaizen e um ventilador, que deu origem às vendas da empresa.

Com a crise econômica nos anos 1920 no Japão, Toyoda foi obrigado a fechar a sua indústria e perdeu seus direitos sobre as máquinas e fábrica. Em 1924, ele e seu filho Kiichiro Toyoda criaram um tear automático que ultrapassava os padrões internacionais. Em dois anos, a Toyoda Automatic Loom Works, Ltd. era criada. Pode-se dizer que foi a partir Toyoda Automatic Loom Works, Ltd, que a Toyota Motor Corporation surgiu.

Foi então que numa das suas visitas aos Estados Unidos e à Europa, buscando informações sobre o segmento têxtil, é que ele se apaixonou pelo segmento automobilístico. Em março de 1930, Kiichiro Toyoda, após visitar plantas de indústrias automobilísticas nos Estados Unidos e na Europa, iniciou o processo de conversão da Toyoda Automatic Loom Works para a Toyota Motors Corporation. Em 1934, a Toyoda investiu 3 milhões de yens e começou a trilhar no setor automobilístico. O primeiro protótipo da empresa, o modelo A1 para passageiros, foi lançado em maio de 1935. Em 1936, após tentar registrar a marca Toyoda, mudou a marca para Toyota.

Além da fundação da Toyota Motor Corporation, um dos legados de Kiichiro Toyoda foi ter estabelecido as bases do conhecido Sistema de Produção Toyota. Impulsionado pela necessidade de fazer mais com menos, Kiichiro criou a filosofia just-in-time, que defende a produção do estritamente necessário, no momento certo e nas quantidades adequadas.

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