Nativa de países da América Central, a pitaia vem sendo cultivada em Israel e na China, e no Brasil
Os produtores de Jundiaí tem feito novas apostas no cultivo de frutas que vai além das famosas uvas niagara. Conhecida como “fruta do dragão” por seu aspecto exótico e cores vibrantes, a pitaia se adaptou bem na região, que já conta com experiências bem sucedidas por aqui.
O cultivo da fruta iniciado em abril passado no bairro do Medeiros já deixa o produtor Caíque Armagne Rosemberger animado ao ver o campo cheio de flores. “Nossa expectativa era de colher uma tonelada, mas pelo que estamos vendo a colheita deve ser de 2 a 3 toneladas”, diz.
Segundo dados da Unidade de Gestão de Agronegócio, Agricultura e Abastecimento (UGAAT), Jundiaí conta hoje com cerca de dez produtores de pitaia, que têm recebido apoio dos técnicos da unidade para investir nesse novo cultivo.
Um dos pioneiros foi João Brunelli, que há 14 anos trocou as videiras pela pitaia, e não se arrepende: hoje ele tem 860 pés produzindo e outros 500 ainda novos, de um ano de idade, em sua propriedade no Traviú. “Para mim fez a diferença, pois a uva requer mais mão de obra, e a pitaia produz muito bem”, conta.
Segundo a diretora de Agronegócio da UGAAT, Isabel Harder, o número de produtores aumenta a cada ano. “Não são lavouras muito grandes, mas todos são caprichosos, e as plantas muito produtivas”, explica. Para se ter uma ideia, na última Festa da Uva, a segunda fruta mais presente no evento (depois da própria uva) foi a pitaia dos produtores locais.
Nativa de países da América Central, a pitaia vem sendo cultivada em Israel e na China, e no Brasil tem avançado mais na região Nordeste. Suas flores, que só duram uma noite, abrindo de madrugada e fechando pela manhã, são um espetáculo à parte e atraem muitas abelhas.
Por enquanto, a produção de Caique tem sido vendida no “Ceasinha” de Jundiaí (Entreposto Central de Abastecimento de Jundiaí).