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sexta-feira, 19 abril, 2024

Prestigiando mulheres, Azul pinta aviões para campanha

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Empresa promove o Outubro Rosa há dez anos. Neste mês, comissárias, pilotos e co-pilotos estarão vestindo uniforme rosa, em vez do tradicional azul

No dia 1º deste mês, o hangar da Azul Conecta em Jundiaí fez um encontro para lançar sua campanha do Outubro Rosa. Trouxe funcionárias de diversos lugares do Brasil – duas delas que passaram pela doença e se recuperaram – e até o presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson. E aproveitou para batizar uma aeronave, a Lady Azul, pintada de rosa, que assim estará voando até o final do mês. No mês dia, às duas da tarde, um Airbus A 320, também pintado de Rosa, fez o vôo Campinas-Vitória-Campinas, com mulheres no comando.

Há dez anos a empresa se faz presente no mês de outubro. Neste ano, o lema é “Quem se cuida voa mais longe”. Tem até uma espécie de acordo com o Hospital do Amor de Barretos, que é referência no tratamento de câncer de mama – transporta gratuitamente pacientes para tratamento naquele hospital. Neste mês, serão 140 do quadro de 2.300 comissários de bordo a usarem o rosa em vez do azul. As que estiveram em Jundiaí foram as que ganharam o prêmio de excelência de qualidade no ano passado, o PEX, segundo Alexandre Pupe, gerente de comissários e do programa PEX.

Uma delas é Beatriz Beath, de 26 anos, com brevê desde os 19, e que voa com o Cessna Caravan há dois anos e meio. Sua base é Manaus, e faz vôos nas rotas de Porto Velho e Rio Branco. Ao contrário do que acontece com motoristas mulheres, Bia recebe elogios. “Vez ou outra alguém faz gracejos pelo fato de haver uma mulher no comando da aeronave – conta ela. Vôo sobre o que chamam de inferno verde, transportando mais passageiros do que carga”.

A comandante Paschoal é outra que voa com o Cessna Caravan, um turbo-hélice com 675 SHP de potência. Começou fazendo a rota Congonhas-Franca e hoje está baseada em Vitória, no Espírito Santo. Foi a primeira mulher a comandar uma aeronave na Azul. A segunda foi sua colega Beatriz. Paschoal faz as rotas Guarulhos, Vitória e Salvador, e, ao contrário de Bia, transporta mais cargas do que passageiros. Está no time das 12 mulheres pilotos da Azul – três são comandantes, e 9 são co-pilotos.

Duas das que estiveram em Jundiaí passaram pelo câncer de mama e voltaram ao trabalho, com vida normal. Luyza Monteiro Moraes, é comissária de bordo baseada em Guarulhos e está na Azul há dois anos. Passou pelo tratamento e está vivendo normalmente, como outra funcionária, Cleonice Quaresma, na Azul há sete anos na área administrativa e com base em Guarulhos. Cléo, como é conhecida, é risonha e falante. Seu tratamento foi mais demorado, pois quando já havia passado por quimio e radioterapia, o câncer voltou.

“Mas enfrentei com serenidade, e precisei me submeter à mastectomia. “Hoje levo vida normal. Mas a doença nos ensina a ver o mundo de outra forma, a dar valor a coisa com as quais não nos importamos, e neste mês tomo o último remédio do tratamento”, diz ela.

A Azul iniciou suas operações em 2008. Hoje conta com mais de 100 destinos e quase 800 decolagens diárias. Opera com aeronaves Embraer e Airbus, e tem linhas diretas para os Estados Unidos e Portugal. Outras rotas internacionais operadas pela Azul: Buenos Aires, Punta Del Este, Montevidéu e Caiena. É a terceira companhia aérea do Brasil.

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