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sexta-feira, 29 março, 2024

Outubro Rosa : mitos e verdades sobre câncer de mama

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Outubro é o mês de prevenção e conscientização do câncer de mama, doença que atinge muitas mulheres em diferentes idades e pode chegar a registrar 66 mil casos anuais até 2022.

A partir disso, a oncologista Andréia Gadêlha Guimarães ressalta alguns mitos e verdades a respeito do câncer de mama. Segundo ela, apesar da maior disseminação de conhecimento sobre a doença e da inovação dos tratamentos, muitas pessoas ainda acreditam em informações equivocadas.

Confira abaixo os mitos e verdades sobre a doença:

Câncer de mama é uma doença exclusivamente feminina?

Mito. Embora raro, o câncer de mama pode acometer homens. É diagnosticado 1 caso em homens para cada 100 em mulheres.

Toda paciente que passa por quimioterapia vai ter queda de cabelo?

Mito. Nem toda quimioterapia provoca queda de cabelo. Muitas pacientes passam pelo tratamento sem perder os fios. Esse efeito colateral depende do medicamento que a paciente precisa utilizar e de como será administrado.

Depois da quimioterapia o cabelo volta a crescer?

Verdade. Após o tratamento, o cabelo volta a crescer. Pode acontecer do fio mudar um pouco suas características: ficar um pouco mais liso ou mais encaracolado, por exemplo.

É possível que a mulher tenha vida sexual durante o tratamento?

Verdade. Porém, algumas mulheres em tratamento de câncer de mama têm a vida sexual fica um pouco prejudicada. Isso se deve a possível menopausa precoce e/ou em função de terapias que incluem o bloqueio hormonal de estrógeno, levando a diminuição da libido e ressecamento vaginal, mas a intensidade destes sintomas são individuais .

Câncer de mama metastático é uma sentença de morte?

Mito. Hoje há muitos tipos de tratamento com resposta positiva, mesmo em casos de metástase. Esta resposta depende das características do tumor e das condições clínicas da paciente. E o objetivo tratamento deve ser além de melhor resposta, maior tempo e melhor qualidade de vida para a paciente.

O tratamento de câncer de mama pode interferir na fertilidade?

Verdade. A preservação da fertilidade é um tema que deve ser discutido com o médico oncologista antes do início do tratamento. Esta abordagem deve ser multidisciplinar, onde oncologista e especialista em reprodução humana discutem com a paciente urgência do inicio do tratamento conforme características do tumor, desejo da paciente em ter filhos e opções de preservação da fertilidade disponíveis e viáveis em cada caso. Esta é uma etapa importante para pacientes jovens que desejam ter filhos, já que o tratamento com quimioterapia ou bloqueio hormonal podem comprometer a fertilidade.

Aliar tratamentos alternativos, como chás e fitoterápicos, sem conhecimento do oncologista, traz problemas?

Mito. É muito perigoso. Todo tratamento alternativo, como ingestão de chás e fitoterápicos, não devem ser utilizados sem autorização prévia do médico oncologista que acompanha a paciente, pois muitos não apresentam evidência científica de benefício.

Há risco de interação medicamentosa com antidepressivos durante o tratamento?

Verdade. Pacientes em tratamento de câncer de mama com terapias de bloqueio hormonal e que fazem uso de antidepressivos devem conversar com o médico oncologista. A interação medicamentosa com alguns antidepressivos pode diminuir a efetividade do bloqueio hormonal.

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