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quinta-feira, 28 março, 2024

Época de milagres

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No último dia 27 começou oficialmente a campanha eleitoral em todo o Brasil. São milhares de candidatos disputando uma vaga nas câmaras e prefeituras. Na realidade, a campanha começou bem antes, sob o título de pré-campanha, outra excrescência criada pelo nosso tribunal eleitoral. Até 15 de novembro será a temporada dos milagres, quando todos os problemas serão resolvidos. Alguns candidatos são tão ridículos que só falta prometer a cura pra dor de dente.

Há candidatos folclóricos demais. E há candidatos mentirosos demais. Principalmente candidatos a vereador. Gente que vai prometer ponte, avenida, viaduto, casas populares, novos hospitais e até prostíbulos públicos. Tudo mentira. Vereador não constrói nada. Vereador não faz obras. Vereador consegue, no máximo, pedir que o prefeito faça isso ou aquilo.

Já existe candidato, desaparecido durante quatro anos, exibindo fotografias em redes sociais. Um deles afirma ter construído uma escada. Ou ele é pedreiro ou manda no prefeito. No caso, nenhuma das duas hipóteses. É só uma mentira para enganar eleitores. Mas há quem acredite.

Parece que o eleitor está mais consciente, mais atento aos discursos, mas mesmo assim muitos imbecis serão eleitos em todo o Brasil. Candidatos que prometem resolver os problemas de Educação, Saúde, Trabalho e Segurança. Se o candidato é imbecil, mais imbecil ainda é quem acredita e vota nesse tipo de gente. Nâo adianta. Sempre foi assim. A ignorância está arraigada na cultura brasileira.

Eleitores que acreditaram em promessas já elegeral deputados como os cantores Agnaldo Timóteo e Moacir Franco, o cacique Juruna e o palhaço Tiririca. Mantêm no Congresso corruptos de carteirinha, como o senador Renan Calheiros, ou uma deputada chamada Flordelis, aquela que fazia sexo com os filhos e mandou matar o marido.

Consideradas as proporções, as câmaras municipais não deverão ser muito diferentes. Nota-se ainda que de eleição para eleição, o nível das câmaras diminui. Foi-se o tempo dos debates, dos bons oradores. Foi-se o tempo das boas ideias.

E pior de tudo é que todas as mentiras, todas as promessas, toda a perda de tempo, será paga pelo eleitor. São mais de dois bilhões de reais a serem gastos (oficialmente) pelos partidos que se dizem diferentes. Infelizmente, é o que temos para hoje. Boa sorte aos quarentenados.

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