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quarta-feira, 24 abril, 2024

Candidatos ou malas?

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Em época de eleição são comuns candidatos recorrerem à Justiça Eleitoral quando ofendidos. Nada mais óbvio e justo. Mas neste ano todos os limites foram e estão sendo extrapolados. Candidatos com pouca representatividade, que estão mal nas pesquisas, correm à Justiça Eleitoral para se queixar – ora falta o tratamento equânime ora tropeçam em suas meias verdades. Onde há meia verdade, conclui-se, há meia mentira.

Não são candidatos raiz. São candidatos nutella. Tudo é motivo para queixa, tudo é motivo para culpar principalmente a imprensa por seu pífio desempenho. Com isso, sobrecarregam a Justiça Eleitoral, obrigada a analisar representações que beiram o absurdo.
Pesquisas – oficiais, informais, registradas ou não – refletem a intenção dos eleitores. Não quer dizer que sejam a palavra final. Se assim fosse, seria mais barato, mais fácil, mais prático, o Tribunal Superior Eleitoral encomendar pesquisas em todas as cidades, em vez de promover as eleições, que movimentam milhares de pessoas e custam caro demais. Pesquisas indicam tendências, e isso parece não ser entendido por candidatos nelas mal posicionados.

Alguns buscam a Justiça Eleitoral, exigindo direito de resposta para qualquer vírgula, como se isso bastasse para melhorar suas posições. Não é assim que as coisas funcionam.

Candidatos com mínimo de intelecto deveriam olhar tais pesquisas, e se mal posicionados, acordar para a realidade e trabalhar para crescer. Não é a Justiça Eleitoral, representação, direito de resposta, retratação ou coisa parecida que vai lhe dar votos. Ao contrário, tais práticas irão expô-los ao ridículo.

Há muitos anos – só para exemplificar – um senhor de certa idade foi convidado a se candidatar por determinado partido. Recusou. O partido argumentou que ele era conhecido, que tinha chances e que seria oportuna sua candidatura. Por que não se candidatar. Para não passar vergonha, disse o velhinho. É o que está faltando a muitos candidatos nessa eleição. Nâo só vergonha. Faltam votos. E Justiça Eleitoral não é para ser usada dessa maneira. Travesseiro quente ainda é o melhor lugar para chorar.

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