20.5 C
Jundiaí
sexta-feira, 29 março, 2024

Mergulhadores lutam para destruir corais invasores que ameaçam o litoral de SP

spot_img

Mergulhadores têm corrido contra o tempo para remover mais de 150 kg de corais-sol que foram localizados no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, no litoral paulista, a cerca de 42 km das prais da Santos.

Até o momento, pesquisadores conseguiram acabar com apenas 10% do total, o equivalente a 15 kg.

Depois de quatro meses de operações suspensas, devido à pandemia do novo coronavírus, os pesquisadores saíram em expedição, no último fim de semana, para a retirada de corais-sol, lixo e petrechos de pesca, como linhas, anzóis e cordas.

A monitora ambiental do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, Paula Romano, explica que o processo é lento, pois deve ser feito com muito cuidado. Por isso, os mergulhadores ainda terão que fazer diversas expedições para retirar o máximo que conseguirem.

“Nós já conhecemos as áreas de maior incidência, então, seguimos direto para lá. Tem alguns lugares em que a infestação está bem preocupante. O coral-sol é uma espécie invasora, nativa do Oceano Pacífico. Ainda não temos comprovação de como chegou aqui no litoral, mas acreditamos que seja por causa da limpeza de lastros de navios”, explica.

Estudos apontam que esse tipo de coram chegou no Brasil em 1980, provavelmente incrustado em plataformas utilizadas na exploração de petróleo.

A espécie não tem predadores, por isso aumenta de forma descontrolada, destruindo a fauna nativa de corais do Oceano Atlântico, que banha a costa litorânea do Brasil.

Paula explica que o trabalho de retirada é totalmente manual. Pesquisadores, monitores e voluntários mergulham e utilizam martelos e talhadeiras para remover a espécie.

Porém, esse é um procedimento que deve ser feito com muito cuidado, porque se algum coral escapar, ele acaba se prendendo nas pedras e formando uma nova colônia.

“É difícil falar em retirar tudo, porque já está impregnado no nosso litoral. Conseguimos tirar cerca de 10% desta vez, porque é um trabalho muito duro. Quando retiramos da Laje de Santos, os pólipos navegam pelo oceano e param em algum outro lugar. O que fazemos é retirar o máximo possível para não proliferar demais. É difícil combater essa invasão”, conclui.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas