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quinta-feira, 28 março, 2024

Covidão já está em nove estados e pode chegar a São Paulo

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O decreto de estado de emergência, por conta da pandemia da covid, permitiu a prefeitos e governadores fazer compras sem concorrência pública. Há justificativa – os esquipamentos necessários eram urgentes, e se fosse 

observado o trâmite de uma concorrência a coisa poderia piorar. Na onda da emergência, os espertinhos aproveitaram para ganhar o seu. E não foi pouca coisa. O que está sendo investigado é o desvio de R$ 1,32 bilhão em nove estados. Por enquanto. A Polícia Federal tem feito em média uma operação a cada três dias por causa do Covidão.

A Polícia Federal já fez suas andanças no Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Mas há outras investigações, por conta dos promotores estaduais. No Rio de Janeiro e no Pará a conversa é com os governadores. Todas as operações foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). No Amazonas, a Polícia Federal pediu a prisão do governador Wilson Lima, mas o ministro Francisco Falcão, do STJ, não deixou que isso acontecesse.

As prefeituras não ficam atrás, inclusive as de capitais, casos dee Aracaju, Fortaleza, Macapá, Recife, Rio Branco e São Luiz. Foram 42 operações da PF – só em agosto 4 – com 604 mandados de busca e apreensão e prisão de 46 espertinhos.

Para roubar, vale tudo. Desde a compra de máscaras descartáveis com preços nas alturas, até contratos milionários de compras de respiradores – alguns não entregues. Há ainda os hospitais de campanha, que agora estão sendo desmontados. Alguns deles, apesar do custo astronômico, não receberam um paciente sequer. Só serviram para gastar, nada mais. No Amazonas, a roubalheira foi tão descarada que uma loja de vinhos recebeu quase R$ 3 milhões para fornecer respiradores.

A prefeita de Oiapoque, no Amapá, foi afastada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O dinheiro enviado à cidade para combater a pandemia foi usado para compra de bolsas femininas de grife. Os testes para o coronavírus, em Oiapoque, foram entregues aos amigos e amigas da prefeita.

Quando a Polícia Federal bate na porta de governadores e prefeitos contrários ao presidente Bolsonaro, a primeira alegação é que se trata de perseguição política. Não é bem assim. Em alguns lugares, os prefeitos distribuíram cápsulas de cloroquina vazias, tentando mostrar que o remédio não tinha efeito. O que fizeram com o remédio é outro mistério.

Além das falcatruas de prefeitos e governadores, há o povo colaborando na roubalheira. Caso dos que receberam o auxílio emergencial de R$ 600 indevidamente. Na lista da Polícia Federal estão militares (que já foram obrigados a devolver o que receberam), madames e gente que ganha muito bem, mas consegue esconder o que ganha. Até a Controladoria Geral da União (CGU) entrou na dança para recuperar o dinheiro. Como se constata, corrupção é vocação. Basta o corrupto ter oportunidade.

Urbem
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A Editora Urbem faz parte do Grupo Novo Dia e edita livros de diversos assuntos e também a Urbem Magazine, uma revista periódica 100% digital.
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