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quinta-feira, 25 abril, 2024

A promessa da liberdade é o caminho da Servidão

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Há épocas em que a sociedade, tomada de pânico, se desvia da ciência e procura a salvação na ignorância. O astrônomo Galileu Galilei foi levado ao tribunal de inquisição por demonstrar o obvio. Porem na idade média contrariar o clero era sentença de morte.

A negação das mudanças climáticas, a desqualificação dos efeitos da pandemia do Covid-19, as justificativas sem noção das causas da alta de preços dos alimentos no Brasil, fica claro que essas ações são motivadas em grande parte por conservadorismo político irresponsável e com características medievais.

O governo com sua ideologia de liberdade “jogou nos braços do mercado a regulamentação do preço da cesta básica”. “Então o povo ficou entre o pescoço e a guilhotina. As pessoas são obrigadas a comer e não tem oferta, volume, estoque ou importação desses alimentos”. 

O projeto liberal do ilusionista Paulo Guedes, não tem fundamento econômico e ainda agride um dos princípios do Estado de direito que é a segurança alimentar, ou seja, a verdadeira soberania. O governo acabou com os estoques de arroz do país, aumentou as exportações do item e descumpre a lei regulatória que garante segurança alimentar para população. E ainda debocha dizendo que pode substituir por macarrão ou farinha. Onde encontrar?

Países como Vietnã e Rússia limitaram suas exportações para garantir o consumo interno. Já o Brasil, em junho, teve um aumento de 10000% nas exportações do produto. Isso é politica de governo e não de Estado. No governo Dilma os preços do feijão disparou e prontamente ela decretou o aumento do estoque regulador. Demonstrando responsabilidade com a população.

As justificativas dos agentes do governo ficam evidentes o enorme descaso para com o trabalhador assalariado, pois são os mais afetados pelo aumento de bens inelásticos. Para o ministério da agricultura a explicação de que o produtor de arroz sofreu muito nos últimos anos e, agora, está tendo a oportunidade de se recuperar. Já a explicação do ministério da economia foi uma agressão à ciência econômica ao dizer que o governo colocou muito dinheiro nas mãos do pobre, que passou a comer mais. Produtos de primeira necessidade não sofrem interferência na demanda por aumento de rendas. É justamente o aumento de preços nesses bens que diminui a qualidade de vida dos mais pobres, pois seus rendimentos são disponibilizados para atender as necessidades fisiológicas.

Para Adam Smith, o papa do capitalismo a ciência é o grande antídoto do veneno do entusiasmo e da superstição. Negar a ciência é arrogância e irresponsabilidade.

Será que os economistas do governo brasileiro estão colocando em prática um novo e revolucionário sistema de organização social da Produção? “O general Hugo Chaves com muito entusiasmo tentou na Venezuela e conseguiu o fim do Estado. E aquilo que prometeu como o caminho da liberdade era na realidade o caminho da servidão.”

Prof. Everton Araújo

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