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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Sharon Stone: Eu era a estrela mais famosa, sabe?

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Muita gente ainda se lembra de Sharon Stone, a atriz dona da mais famosa, discutida e comentada cruzada de pernas no cinema. Com 35 anos, em 1994 ela era uma das maiores estrelas de Hollywood depois de protagonizar Instinto Selvagem, seu 18º filme, onde acontece a famosa cruzada de pernas. Mas se tornar um símbolo sexual nessa idade significava vida curta num mundo cruel demais como os estúdios de cinema. Só havia uma competidora: Julia Roberts, dez anos mais nova. Havia outras mais novas, mas que não chegavam a fazer sombra, como Demi Moore e Meg Ryan.

Antes de Instinto Selvagem, Sharon Stone havia encarado alguns fracassos de bilheteria, uma enxurrada de críticas por filmes onde sempre fazia o mesmo papel – loira sexy, manipuladora ou manipulada.

Depois do sucesso de Instinto Selvagem, Sharon Stone se tornou uma das mulheres mais perseguidas e fotografadas do mundo. Mas isso passou.

O filme arrecadou mais de 350 milhões de dólares (2,1 bilhões de dólares pelo câmbio atual, sem contar a inflação do dólar), foi o quarto filme que mais faturou em 1992 e motivou dezenas de debates sobre o sexo, a violência, o feminismo e a representação LGTBI. Todos se lembram do picador de gelo e da cruzada de pernas. Sharon ganhou 500.000 dólares pelo filme (2,6 milhões de reais, pelo câmbio atual), uma cifra humilhante ao lado dos 12 milhões que Michael Douglas levou para servir praticamente de escada para algo que, mais que personagem, era uma força da natureza.

Stone se tornou uma estrela de cinema absoluta que, vista hoje, tem algo de crepuscular: foi a última grande estrela de cinema como as de antigamente. Chegariam muito pouco depois as celebridades multiplataforma (como Jennifer Lopez), as heroínas sombrias que apaixonariam a nova imprensa do século XXI (Angelina Jolie) e as estrelas em tempo integral dos realities e redes sociais, que definem a nova era. Mas Sharon é a última de uma estirpe, a última antes do nascimento da Internet. O caso de Stone é interessante porque, como figura, nasceu durante seu próprio ocaso. Se o estágio de supernova é o último alento de vida de uma estrela, Sharon se transformou muito cedo em poeira.

Sharon começou como modelo na agência Ford. É possível que seu físico de beleza loira, gélida, muito alta, de extremidades largas e andar quase extraterrestre, tenha sido um de seus empecilhos para ir muito longe: os espectadores sempre acharam complicado enxergar algo além dessa beleza superlativa que se destacava na tela. Foi o motivo pelo qual os primeiros 12 anos de sua carreira foram desastrosos. Mas há exceções: um papel sem fala em Memórias, de Woody Allen (sua estréia em 1980), uma coadjuvante com graça em Diferenças Irreconciliáveis e o papel de vilã em O Vingador do Futuro, o ponto de inflexão em sua carreira.

Depois de Instinto Selvagem, Sharon tentou diversos filmes, e só um deu certo, Cassino. De lá para cá, só colecionou fracassos e críticas. A fila andou.

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