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sexta-feira, 29 março, 2024

Consumir bebida alcoólica na quarentena é risco maior

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Com bares e restaurantes fechados, criou-se uma falsa ilusão sobre uma hipotética – e quase impossível – queda no consumo de bebidas alcoólicas. Tudo mentira. O consumo de bebidas alcoólicas durante o isolamento social tem se tornado cada vez mais frequente. Situações de ansiedade e estresse provocados pela pandemia é gatilho para o uso excessivo do álcool, podendo provocar dependência.

Segundo o enfermeiro, especialista em práticas de promoção da saúde e coordenador do programa de pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem da Universidade UNG, Alfredo Almeida Pina Oliveira, apesar do consumo do álcool ser muito comum, existem problemas que podem ser reduzidos ou evitados. Os riscos dependem de diversos fatores como a quantidade de álcool consumida, padrão de consumo, vulnerabilidade (genética, psicológica, social), presença de doenças prévias ou uso de medicamentos, outros hábitos de saúde, entre outros. “Sabe-se que o consumo nocivo do álcool está relacionado com 200 tipos de doenças, lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito e morte”, explica Alfredo.

Os principais problemas de saúde associados ao álcool são transtornos por uso do álcool, suicídios, violência doméstica, lesões no trânsito, epilepsia, cirrose hepática, câncer (boca, esôfago, intestino, mama), pancreatite, tuberculose e hipertensão (pressão alta). Algumas doenças são totalmente atribuíveis ao álcool, como por exemplo, a síndrome de dependência do álcool, enquanto outras têm grande parcela atribuível ao álcool, como é o caso da cirrose (em 48% de todos os casos de cirrose estima-se que a causa seja o consumo de álcool). No caso de lesões no trânsito, câncer de boca e pancreatite, mais de 25% dos casos são atribuíveis ao álcool.

“O consumo nocivo de álcool causa prejuízos não apenas à saúde de quem bebe, mas também de seus familiares. Problemas de relacionamento, violência, negligência, gastos e perda de patrimônio e da sociedade como um todo, acidentes de trânsito, prisão e redução da produtividade no trabalho”, afirma Alfredo. O corpo leva de uma a três horas para metabolizar uma dose de álcool; o tempo é maior em pessoas que apresentam menor quantidade de enzimas ou menor quantidade de água no organismo. Por exemplo, mulheres e indivíduos que apresentam alguns problemas de saúde ou fazem uso de determinados medicamentos.

O álcool é processado no organismo mais lentamente do que é absorvido, de modo que além da quantidade total de álcool é importante controlar a velocidade e a forma do consumo. O beber pesado episódico (BPE), também conhecido pelo seu termo em inglês como bingedrinking, corresponde à ingestão de quatro doses ou mais em pelo menos uma ocasião no último mês, pode aumentar o impacto negativo do álcool nos órgãos e sistemas.

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A Editora Urbem faz parte do Grupo Novo Dia e edita livros de diversos assuntos e também a Urbem Magazine, uma revista periódica 100% digital.
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