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terça-feira, 23 abril, 2024

Quatro presidentes e seus 40 ministros corruptos

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Milhares de casos de corrupção e centenas de corruptos estão sendo investigados no Brasil – e outros milhares não foram alcançados, não serão e seus crimes se perderão nas gavetas do STF.  Mas vamos focar aqui em 40 ministros (só pra lembrar a lenda de Ali Babá e os 40 ladrões, do livro Mil e Uma Noites). No governo do atual presidente Bolsonaro (ano 2020), que tem 22 ministros, seis estão denunciados e/ou investigados. Marcelo Álvaro Antônio (de Turismo) foi denunciado pelo Ministério Público (MP) de Minas Gerais pelo esquema de “laranjas do PSL” (é acusado de dividir dinheiro de campanha entre candidatos a deputado, tirando dos “sem chances” e repassando para os que poderiam ser eleitos. O Ministério Público Federal ajuizou contra outro ministro de Bolsonaro, da Cidadania, Osmar Terra, por improbidade administrativa (o crime: ele suspendeu um edital da Ancine que iria pagar filmes, vídeos e teatro com dinheiro público para temas de gênero, sexo e LGBT).

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta tem quatro processos (parados) na Justiça. Três deles são do tempo em que Mandetta era secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS). Outro ministro, Onyx Lorenzoni (Casa Civil) é investigado pelo MP sobre repasses de caixa dois, delatado pela JBS na Lava Jato. Onix disse que errou ao aceitar doação da JBS para sua campanha (recebeu R$ 100 mil em 2014 e mais R$ 100 mil em 2012). O ministro Paulo Guedes (Economia) é investigado pela operação Greenfield do MPF em negócios de sua empresa com fundos de pensão estatais. Guedes alega que não houve crime e nem prejuízo para as estatais. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi acusado pelo MP de cometer fraude no plano de manejo da APA (Área de Proteção Ambiental) da várzea do rio Tietê. Salles afirmou que sua decisão foi correta, que não causou danos ambientais e a faria outra vez (com apoio do presidente Bolsonaro).

Outubro de 2016, o jornal Estadão informava: “Investigações que tramitam no STF indicam que ministros dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) são suspeitos em esquemas de corrupção de R$ 1,25 bilhão”. Levantamento feito pelo jornal no STF mostrou que 18 ministros estão investigados por desvios na era PT. São quatro ministros de Lula, dez de Dilma e outros quatro atuaram nos dois governos. O Estadão pesquisou 167 ex-ministros nas duas gestões. Outros acusados e investigados por corrupção: Cid Gomes (irmão de Ciro, o político que dirigiu trator sobre grevistas em 2020), a ex-senadora Gleisi Hoffmann (presidente do PT), ex-ministra da Casa Civil de Dilma e o ex-deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), ministro de Lula na Previdência e no Trabalho.

No governo Temer, o caso mais conhecido é ainda o de Geddel Vieira Lima, ex-ministro e ladrão de R$ 51 milhões encontrados em caixas de papelão em seu apartamento. Geddel foi ministro da Integração Nacional de Lula, de 2007 a 2010. Ele e Lula são os “pais” da transposição do Rio São Francisco, que prometeram e não entregaram. No governo Dilma, o corrupto Geddel foi vice-presidente da Caixa (CEF) entre 2011 e 2013. Cid Gomes, ministro da Educação de Dilma, acusado pelo presidiário e ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da corrupção investigada na Lava Jato. Gilberto Kassab, ex-ministro das Cidades, foi denunciado na Máfia do ISS (propinas para zerar quitação do Imposto sobre Serviços). O ex-governador da Bahia e amigo de Lula, Jaques Wagner tem uma coleção de processos por corrupção. Lesou o governo em mais de R$ 272 milhões na área de Saúde, além de manter sua esposa e cunhada como funcionárias fantasmas.

51 milhões do Geddel + outros milhões dos 40

Katia Abreu (PMDB), ministra de Dilma para a Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é acusada de levar mais de 60% do dinheiro patrocinado por três empreiteiras dos escândalos da Petrobrás em suas campanhas no Tocantins. Edson (Edinho) Coelho Araújo, da Secretaria de Portos, é acusado por crimes contra licitações, conforme o TJ-SP, em São José do Rio Preto. Eliseu Padilha, ex-ministro de Minas e Energia do presidente FHC foi réu no escândalo dos Precatórios entre 1997 a 2001 (ainda em Inquérito). Helder Barbalho, ex-secretário de Aquicultura e Pesca, responde por improbidade administrativa na JF do Pará.  Ele é filho de outro acusado de corrupção, o ex-senador Jader Barbalho (este investigado por irregularidades via Ministério da Saúde entre 2004 e 2007). Eduardo Braga, ex-ministro de Minas e Energia, tem envolvimento com crime eleitoral no Amazonas e é acusado de receber propinas (R$ 1 milhão) da Petrobras. Tem o condenado Zé Dirceu (o superministro de Lula e chefe do mensalão que desviou bilhão de reais); tem o Palloci que desviava dinheiro todo dia sob ordens de Lula. Tem o Paulo Bernardo, ex-ministro de Dilma e ex-marido de Gleisi Hoffmann, que surrupiou milhões de reais dos aposentados, entre outros corruptos…

GALDINO MESQUITA

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