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quinta-feira, 21 novembro, 2024

Influencer

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A nova profissão de usar a internet e suas redes sociais para promover produtos, marcas e principalmente, influenciar pessoas

O mercado do influenciador digital está em alta. Com a pandemia, o nicho ganhou destaque – todos os trabalhos se voltaram para a internet ou então tiveram de migrar para dela. Mas onde entra o influenciador digital na era da internet? Para se divulgar uma marca, um negócio, ou um estabelecimento, o trabalho do “influencer” pode fazer a diferença. Melhor ainda se ele tiver uma quantia significativa de seguidores em determinada rede social.

Para aprofundar no assunto e saber um pouco mais dessa área em ascensão, a Urbem Magazine consultou a agência InfluenceHub, de Jundiaí, que trabalha com um casting de influenciadores digitais.
De acordo com Dalmir Júnior, advogado e sócio proprietário da agência, a ideia de empreender no ramo surgiu a partir da visão de que o mercado de influenciadores estava em constante expansão no interior paulista. “Nossa intenção desde o início é fornecer suporte aos influenciadores, visto que eles têm muitas preocupações e acabam por não conseguir criar conteúdo para suas mídias sociais. Então resolvemos oferecer soluções que os deixassem livres para produzir conteúdo”, explica.

Além de oferecer suporte aos seus agenciados, a empresa também oferece soluções para marcas e eventos que não possuem um profissional interno para trabalhar a vertente do marketing digital – as redes sociais.

Fillipe Santos, que também é sócio da agência, explica que para fazer parte do time, é preciso analisar qual o tipo de conteúdo que o cliente gera nas redes sociais e se há benefício para ambos os lados. “Quando um influenciador entra pro casting da InfluenceHub, procuramos definir o objetivo dele e em cima disso traçamos uma estratégia focada na imagem e crescimento profissional do criador. Quando o criador está disposto a trabalhar com exclusividade, nós oferecemos diversos serviços para ele, que vão desde assessoria jurídica e gerenciamento de imagem até suporte em grandes projetos e produção de pequenos eventos”, continua.

Os clientes do sexo masculino e com idades entre 16 e 24 anos são os que mais procuram a empresa para gerir suas carreiras na internet. Apesar disso, as influenciadoras também fazem sucesso entre os seguidores. Como exemplo há Rafa Kaliman, vice campeã do Big Brother Brasil 20, que se destaca atualmente como uma das ex-bbbs mais seguidas da história do programa.

Apesar disso, muitos têm dúvidas se a área gera mesmo boa fonte de renda e se pode ser a única. Por isso, Dalmir explica que é preciso trabalhar a imagem do influenciador e o tipo de conteúdo que ele gera – precisa ser cativante.

“Um exemplo que podemos citar é Whindersson Nunes que fatura milhões anuais com a monetização de seus perfis nas plataformas digitais. Cada plataforma possui diferente forma de monetização, então o influenciador pode escolher qual a melhor para ele gerar conteúdo ou ser multiplataforma, que é o que mais aconselhamos”, afirma Dalmir.
Mesmo sendo uma profissão que tem crescido cada vez mais, 2020 pode ter trazido dificuldades a alguns influenciadores. “Muitos perderam lucros com eventos, mas estão conseguindo manter o faturamento através de suas mídias, uma vez que o uso das redes sociais teve aumento surreal. Um exemplo é o TikTok, que ultrapassou a marca de 1 bilhão de downloads só no Android. Resumindo, eles perderam trabalhos presenciais, mas ganharam muito mais engajamento, resultando em mais publicidade dentro de seus perfis”, afirma Fillipe.

Os criadores de conteúdo podem ser classificados de seis formas diferentes levando em conta o número de seguidores, segundo a InfluenceHub: Everyday influencers (1.000), Nano Influencers (mil e 10 mil), Micro Influencers (10 mil e 100 mil), Macro Influencers (100 mil e 500 mil), Mega Influencers (500 mil e 1 milhão) e Celebrities (mais de 1 milhão).

Além disso, há três formas das marcas usarem esses profissionais: fazendo inserções pontuais, com presença em algum evento; em uma campanha, fazendo ação com o uso mais longo do criador na divulgação da marca; e como embaixador, transformando-o em um porta-voz da marca. Dentre as marcas famosas que já utilizaram os serviços da agência, estão Johnnie Walker, Wet’n Wild, Outback, Lollapalooza, Banco Inter, Nickelodeon, Flying Horse, Paris 6, entre outros.

Na contramão, mesmo sendo um fator importante, o número de seguidores pode não ser tudo. De acordo com os sócios, o engajamento pode ser mais importante. “O relacionamento que você criou com o seu seguidor e a interação que ele tem com você. Esse é o ouro do criador. Quanto mais engajamento, mais evidente você estará aos olhos das marcas. As chances de atraí-las para lhe contratar aumentam de forma significante”, conta.

@itsjoaor, @carolrdg_ e @gauerk

O que dizem os criadores de conteúdo

João Ricardo é o agenciado da InfluenceHub com maior número de seguidores e engajamento nas redes sociais. A soma de números do rapaz de 18 anos chega a 1 milhão e 300 mil seguidores e acumula mais de 26,6 milhões de visualizações em seu canal no Youtube. “Literalmente, fui influenciado por outros youtubers. Eu assistia bastante ao conteúdo que eles publicavam e fiquei muito interessado fazer o mesmo. Comecei a gravar vlogs e na época virou meu hobby, então continuei”, conta João.

Hoje ele vive apenas de seu trabalho como criador de conteúdo, mas começou desde cedo, aos 14 anos. “Comecei a conhecer muita gente, fiz amizades, trabalho com o que eu gosto e gero renda com isso. Um lado negativo disso foi definitivamente a perda da minha privacidade” conta.

Segundo Ricardo Gauerk, que totaliza mais de 50 mil seguidores nas rede sociais e também pertence ao casting da InfluenceHub, ao contrário do que muitos pensam, para ser um influenciador digital não é preciso estar o tempo todo online. “Você deve ter uma periodicidade em suas publicações, mas não precisa ser o tempo todo, o importante é estar produzindo algo que desperte a atenção de seus seguidores, conteúdos relevantes e assuntos do interesse de todos”, explica. Ricardo também ressalta o cuidado que precisa ter em relação a sua imagem na internet. “Tenho um certo cuidado com as coisas que falo e faço. Sempre é bom manter boa reputação”.

Ter uma agência para gerir a carreira é essencial, mas há aqueles que dão conta de criar conteúdo sem ajuda de outros profissionais do ramo. É o caso de Caroline Rodrigues, de 19 anos, estudante de Jornalismo e que trabalha com o nicho de lifestyle, beleza e moda. Ela sempre gostou muito do ramo, mas em 2019 resolveu arriscar e correr atrás do sonho de ser uma influenciadora. E deu certo. Atualmente tem mais de 22 mil seguidores na internet e pensa em seguir carreira na área.

“Penso sim em ter uma carreira na internet, estudo Jornalismo e acredito que isso me ajuda muito na internet; o trabalho não é fácil, exige constância e muita dedicação, mas por outro lado você é mais livre para trabalhar no horário e local que preferir”, afirma. Apesar da boa perspectiva, Caroline ainda não vive somente da renda vinda da criação de conteúdo. Ela também trabalha como assessora de imprensa em uma faculdade da região de Jundiaí.

Conclui-se que o ramo tem boas chances de se expandir ainda mais, seja por meio de agenciamento ou não. A tecnologia tem chegado cada vez mais à vida das pessoas e por isso, encontrar uma forma de conversar com elas e estar mais próximo é uma alternativa para quem quer começar a carreira de influenciador digital.

Urbem
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A Editora Urbem faz parte do Grupo Novo Dia e edita livros de diversos assuntos e também a Urbem Magazine, uma revista periódica 100% digital.
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