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quarta-feira, 24 abril, 2024

Não funciona por burrice

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A insistência dos governos, desde o começo da pandemia, é para que as pessoas fiquem em casa. Quase impossível. As pessoas precisam ir ao supermercado, à famácia, ao trabalho. Como o chamado isolamento social não está no nível pretendido, governadores ameaçam fechar cidades. Chamam isso de lockdown.

O ditador de São Paulo Adolf Doria, fez decreto estabelecendo multa de R$ 276 a R$ 276 mil para quem não usar máscaras de proteção nas ruas e locais públicos. O mesmo ditador passou a usar a bisbilhotice em conluio com as operadoras de telefonia celular para saber se o povo está ou não se movimentando.

Seria tão simples obrigar o povo ficar em casa ou usar máscara. Mas a burrice e a teimosia não deixam alguns governadores pensarem. Adolf Doria não se dá com o presidente Bolsonaro, e isso é problema dele. Wilson Witzel, governador do Rio, também não se dá com Bolsonaro. E isso também é problema dele. Só que pela situação que vivemos atualmente essas diferenças, essas picuinhas, precisam ser esquecidas.

Ambos são diferentes, mas também não vem ao caso. Bolsonaro é mais relaxado, mais falastrão, mais debochado. Adolf está sempre impecável – nenhum fio de cabelo fora do lugar. Parece uma Barbie ainda na embalagem.

Voltemos ao assunto. Se os governadores se unissem ao presidente, pelo menos nesse momento, poderia haver medidas mais eficazes que as ameaças atuais. Como Adolf Doria vai multar quem estiver sem máscara? Como vai prender quem desobedecê-lo? Inviável. E se alguém receber multa de R$ 276 mil vai pagar? Empresas não pagam nem multas do Procon, só para lembrar.

Não fossem as iniciativas de jornais, revistas, rádio e TV, não haveria campanhas e lembretes para se manter o isolamento social. Campanhas educativas, bem entendido. Adolf Doria só faz ameaças. Quando ele fala do sistema inteligente que controla nossa vida pelo celular, dá a entender que sabe tudo o que falamos e o que nos falam. Há quem acredite.

Por fim, a constatação: idosos não gostam de ficar em casa. Estão acostumados com sua liberdade e não vão se sujeitar a um pirralho como um candidato a ditador. Idosos saem de casa. Vão passear no supermercado, vão encontrar seus amigos e quando podem, fazem seu churrasquinho.

Quer manter um idoso em casa? É fácil – só fazer um decreto federal suspendendo a aposentadoria de quem for apanhado fora de casa sem necessidade. Quer que o povo fique em casa? Então para de fazer campanha de doação de alimento e artigos de higiene – compre isso (sem superfaturamento) e distribua à população. Quer que o povo use máscara? Distribua as máscaras, e não permita que as vendam até por R$ 70.

E se herr Adolf Doria pensasse um pouco, pediria às agências de publicidade que atendem seu governo que produzissem campanhas de fato, e não arremedos de propaganda. Ou, como dizem os idosos, de reclames.

ANSELMO BROMBAL
Jornalista

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