Quem diria que aquele potinho de álcool gel esquecido na bolsa ou no carro seria tão lembrado e valorizado quanto na atualidade. Mas com os casos de coronavírus se espalhando pelo mundo, o produto virou objeto de desejo de muita gente, por questões óbvias.
O infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, João Prates, explica que o álcool gel com concentração de 70% e a água com sabão são as melhores formas de higienizar as mãos e a afastar o risco de contaminação.
“Outros produtos, como cloro e até mesmo o álcool comum, com porcentagem menor, também são eficientes”, aponta o especialista.
Com agem
João esclarece que ambos os métodos são efetivos para quebrar a cápsula de gordura protetora do vírus e destruí-lo. “O álcool, com valor de 70% é recomendado para higienizar o corpo por ser mais efetivo – na mão, a limpeza precisa ser imediata”, diz.
Outra forma de transmissão
Em meio a tanto pânico que se espalha, a boa notícia é que o vírus não sobrevive por muito tempo fora do corpo humano por ser envolvido por uma camada gordurosa. Especialistas estimam que, com base em outros vírus similares, a duração média seja de seis a 24 horas dependendo da temperatura e umidade do ambiente e do tipo de superfície.
“Além disso, é preciso pensar no tempo que a pessoa infectada está no mesmo lugar. Se permanecer o dia todo em um quarto, estará colocando novas partículas nos objetos a todo momento. Porém, se apenas passou por um local, deixará uma quantidade menor do vírus ali, desaparecendo em algumas horas”, esclarece.
Para a limpeza de locais frequentados por várias pessoas, os desinfetantes comuns, produtos com cloro e álcool ou até mesmo água e sabão são mais do que eficientes.