Os promotores do Fedec (Grupo de Repressão aos Delitos Econômicos) e a Polícia Civil estão investigando até que ponto vão as ligações entre o ex-corregedor da Secretaria da Fazenda Marcos Vinícius Vanucchi e o vereador Alberto Hiroshi Bando, de Itatiba.
Na semana passada Marcos Vinícius foi preso na casa da ex-mulher. Atrás de um armário estavam escondidos 180 mil dólares e euros. Na casa também foram apreendidos documentos. Nos documentos aparece o sobrenome Brando e o nome inteiro do vereador. Segundo a investigação, a separação de Marcos e sua mulher foi de brincadeira; continuaram juntos, mas evitando penhora ou sequestro de bens passados para ela.
A ligação entre os Bando e os Vanucchi vem há tempos. Quando Vitório Bando – irmão de Hiroshi – era vereador, em 2009, empregou o filho de Marcos Vinícius em seu gabinete, como assessor. O próprio Vitório confirmou o fato. As duas famílias e as pessoas que aparecem nos contratos sociais das seis empresas de Vinícius podem ser responsabilizadas.
Enquanto Marcos Vinícius foi corregedor, teria cobrado propina de fiscais que deveriam ser investigados, mas que pagaram para as investigações não irem adiante. Agora eles precisarão explicar essas coisas ao Ministério Público.
Marcos não se preocupou em deixar pistas – em menos de quatro anos comprou 65 imóveis – boa parte deles em Itatiba. A Justiça já bloqueou as contas bancárias das seis empresas que seriam de Vinícius e Bando.
