Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com as pesquisas, os carros nestas cidades trafegam com menos de três pessoas, ou muitas vezes apenas com o motorista, o que acaba gerando um trânsito sobrecarregado.
Em Valinhos a média é de 1,59 habitante por veículo, variando a média nacional (oito habitantes por veículo) e se torna próximo ao índice de países desenvolvidos (dois habitantes por veículo).
Em Vinhedo o número fica ainda menor, com média de 1,55. Ou seja, existem mais carros para menos pessoas. Em ambos os casos, são dois carros a cada três pessoas.
Em Engenheiro Coelho (SP) por exemplo, a média é de três pessoas para cada carro.
O que isso ocasiona nas cidades – o trânsito nas vias dentro das cidades acaba por se sobrecarregar e ficar mais lento pelo número excessivo de veículos rodando. O engenheiro de tráfego Carlos Alberto Guimarães, afirma que a tendência é piorar, pois o aumento no tempo do trajeto sobe de acordo com a quantidade de automóveis.
Segundo o aposentado Agnaldo Angélico, o tempo parado nos horários de pico chega a ser de uma hora.
A Prefeitura de Vinhedo informou que ressaltou que está atenta à questão dos altos índices de veículos por habitante e que toma medidas para tentar controlar a situação. Ainda em dezembro foram feitas mudanças no trafego para amenizar o grande fluxo.
Já a Prefeitura de Valinhos informou que possui um plano de mobilidade urbana desde 2015 e afirma que o mesmo é referência para o crescimento do sistema viário do município.
Vale ressaltar que pesquisas feitas pelo IEMA (Instituto Estadual de Meio Ambiente) revelam que os automóveis são responsáveis por 72,6% de todas as emissões dos transportes, mesmo transportando apenas 30% das pessoas.