Dizem que a personalidade de uma criança começa antes mesmo do seu nascimento. Na barriga, o feto sente os estímulos vindos da mente da mãe e inclusive reage a conversas que acontecem por perto. Há pais que fazem a “barriga” ouvir rock’n roll e outros assistem aos jogos do time de coração, argumentado que desde cedo já precisa “educar”.
Não sei se isso é provado cientificamente ou apenas uma “filosofia de boteco”, mas o fato é que tudo aquilo em que o ser humano acredita vira um pouco (ou muito) de verdade. Partindo disso, o que podemos afirmar é que nosso recém nascido ano de 2019 viveu uma aventura na sua gestação… e não seria exagero dizer que essa aventura tenha durado os mesmos 9 meses de uma geração humana.
Desde abril do ano passado que muita gente já tinha condenado o Dezoito. Já se previa a Copa do Mundo, as Eleições, as rivalidades partidárias e outras animosidades. Mas além dessas “emoções”, o Dezenove já sentia as crises da greve dos caminhoneiros, das emendas de feriado e até mesmo do atentado à um de seus coleguinhas de infância, que nasceria junto com ele como presidente da nação. Porém, não deixou de ouvir incansavelmente que ele o Dezenove) seria melhor do que seus antepassados. O mantra era sempre repetido: “Dezenove será uma criança maravilhosa”.
Nasceu querido pela maior parte da população brasileira, mas já odiado por outra parte que não acredita nele (ou o condena pela ligação com seu coleguinha). Assim como um bebê nasce já querido por uma parte da família e odiado por outros devido a brigas pessoais, isso também aconteceu conosco. A criança nunca tem culpa e apenas inicia a sua vida recebendo os impactos das ações e gerando suas reações.
Hoje, com quase 30 dias de vida, nosso bebezinho já está marcado por acontecimentos… tragédias ecológicas, brigas políticas, separações entre pais e mães e os traumas chegando e querendo se instalar. Então vem a minha pergunta:
- A quem interessa que essa criança cresça delinquente? Ou quem pode ajudá-la em uma educação saudável, na base do amor e da esperança verdadeira?
Quem sabe, sempre ensinando que, por mais dificuldades que se viva na infância, o sucesso depende exclusivamente do adulto que vai se tormar…
Mais que isso, quero lembrar que o nosso bebê Dezenove irá crescer, se tornar adulto e chegar também a terceira idade. Ele, inevitavelmente terá um filho chamado Vinte e um neto chamado VinteUm. Em alguns casos também vale o “tal pai tal filho”. Portanto, o melhor que temos a fazer é confirmar as palavras que falamos para a mamãe Barriga e repetirmos agora, para essa criança que, no início de fevereiro, já entra na pré adolescência.
Vai em frente, Dezenove! Eu acredito em você!!!