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sábado, 28 setembro, 2024

Empresas de ônibus faturam mais de meio milhão por dia

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As três empresas de ônibus que fazem o transporte coletivo urbano de Jundiaí faturam diariamente R$ 528 mil. O cálculo é levado em conta pelo preço da tarifa (R$ 4,40) multiplicado pelo número de usuários – 120 mil por dia, segundo informação oficial da Prefeitura. Tudo pago à vista ou adiantado.

A tarifa é maior do que a da Capital, que desde o dia 2 passou a custar R$ 4,30, embora os percursos sejam infinitamente menores. A de maior extensão é a 703 (Rio Acima-Terminal Vila Arens) com 54 quilômetros, ida e volta. A de menor é a 577 (Paço-Terminal Hortolândia), com dois quilômetros ida e volta. Por enquanto não se pensa em aumentar a tarifa. Ainda. Maio é a data-base dos motoristas e aí a história pode mudar.

Não faltam passageiros para reclamar. Os ônibus até ganharam apelido da população. São os Velozes e Furiosos. Velozes por andarem no limite, e furiosos porque sobram motoristas que dirigem de forma imprudente. No último dia do ano passado, por exemplo, um ônibus circulou por um grande trajeto com o elevador de deficientes baixado, ralando o asfalto.

Mesmo avisado, o furioso motorista não deu atenção e foi até o Terminal Vila Arens com o elevador no asfalto. Outros, mais furiosos e mais velozes, fazem de algumas avenidas pista de corrida – e coitado do motorista particular que estiver em sua frente.

Passageiros reclamam. Se não tiver cartão e for pagar em dinheiro, e apanhar o ônibus fora dos terminais, será abordado por um fiscal quando descer. A porta do ônibus só é aberta, no terminal, quando esse fiscal aparece. Até lá, todo mundo fica entalado na parte da frente, antes da catraca, enquanto a parte de trás permanece vazia.

A maioria dos passageiros entende que as empresas estão fazendo maquiagem nos ônibus para justificar a tarifa. Maquiagem traduzida por tomadas USB (para carregamento de celulares) e excesso de câmeras – quatro em cada um dos 310 ônibus que circulam pela cidade. Mais o equipamento de GPS (Global Positioning System). Duas câmeras, acreditam, seriam suficientes. Mas não é uma frota tão velha – a idade média dos ônibus é pouco mais de cinco anos.

Há outra questão. As empresas estão usando muitos ônibus de perfil alto. Traduzindo: são chassis de caminhões adaptados com carrocerias de ônibus. O custo é menor. E somando economias aqui e ali, como a ausência de cobradores, a bolada do lucro aumenta. Pelas suspeitas, tudo está indo para um cofre único – os donos da Jundiaiense seriam de fato donos também da Três Irmãos e da Leme.

Nesse começo de ano as três empresas tiveram seus contratos de concessão renovados por mais cinco anos. Contratos oriundos de uma concorrência de 2003 que estão sendo renovados indefinidamente. Um bom negócio – mais de 190 milhões por ano. Quase um bilhão nos próximos cinco anos.

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