A Petrobras anunciou na quarta-feira (4) o reajuste de 4,4% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos. Segundo a estatal, o aumento reflete a desvalorização do real frente ao dólar, que acumula 16% nos últimos três meses, e a elevação das cotações internacionais de 22% no mesmo período. Os novos preços entram em vigor nesta quinta-feira (5).
O gás vendido em botijões de 13 quilos é reajustado a casa três meses, segundo política iniciada em janeiro com o objetivo de tentar suavizar o repasse ao consumidor das variações das cotações internacionais. Foi o primeiro aumento desde que a periodicidade trimestral de reajustes foi implantada – em janeiro, houve queda de 5% e em abril, de 4,4%.
De acordo com a Petrobras, o preço do gás ficará ainda 5,2% inferior ao praticado em dezembro. O aumento incide sobre o preço de refinaria, que passará a ser, em média, R$ 23,10. O preço pago pelo consumidor inclui ainda impostos e margens de lucro de revenda e distribuição.
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O Sindigás informou que suas empresas associadas foram comunicadas pela Petrobras na tarde da última quarta-feira sobre novo reajuste de preço do GLP residencial e também para o GLP empresarial e que será válido a partir de 0h de amanhã, dia 05 de julho, nas unidades da petroleira.
Com o aumento, o ágio praticado pela Petrobras está em 25,45% em relação ao preço praticado no mercado internacional e o preço do GLP empresarial vai ficar 57,52% acima do valor cobrado pelo GLP residencial.
Na avaliação do Sindigás, esse ágio vem pressionando ainda mais os custos de negócios que têm o GLP entre seus principais insumos, impactando de forma crucial as empresas que operam com uso intensivo de GLP.